quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

Estado investiga 37 médicos suspeitos de receber sem trabalhar

Governador prometeu punição nos casos de fraude comprovada; 15 já respondem processo

A Corregedoria Administrativa do Sistema Penitenciário do Estado instaurou 37 procedimentos investigativos contra médicos suspeitos de receber salários sem comparecer aos presídios onde deveriam trabalhar.
A informação foi confirmada na noite desta terça-feira (6) pela Secretaria de Administração Penitenciária (SAP), que há cerca de seis meses recebe denúncias sobre profissionais que forjam problemas de saúde para continuar recebendo salários e deixam os presos sem atendimento.

Também na terça, representantes da corregedoria estiveram na Região Central de São Paulo para investigar este tipo de denúncia. Eles comprovaram, nas cidades de Araraquara e Casa Branca, que médicos licenciados por motivo de doença atendiam normalmente em clínicas particulares e unidades de saúde pública.

O governador Geraldo Alckmin (PSDB) disse em entrevista à EPTV que todos os envolvidos nas fraudes serão punidos e que as investigações continuarão. "Não apenas os médicos que estavam de licença e trabalhando nas suas atividades privadas e recebendo do governo vão ter processo administrativo como vamos verificar todas as licenças médicas concedidas".


As consequências para os processados, segundo a SAP, poderão ser “demissão a bem do serviço público”.

Entre as investigações, 23 já foram concluídas e 15 resultaram em proposta de abertura de processo administrativo disciplinar e um em sindicância. Sete casos foram arquivados.

Ainda estão em andamento 14 procedimentos de investigação, com previsão de conclusão para os próximos dias.

A SAP também informou que todas as investigações que resultaram em instauração de processos administrativos disciplinares e sindicância estão sendo remetidos à Coordenadoria de Procedimentos Disciplinares da Procuradoria Geral do Estado (PGE).

EPTV.com - Clayton Castelani Oliveira

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