quarta-feira, 12 de dezembro de 2018

Ataque na Catedral: veja quem é o atirador

Crime ocorreu na tarde desta terça-feira (11) e outras quatro pessoas ficaram feridas. Autor dos disparos foi Euler Fernando Grandolpho, de 49 anos, que tem CNH registrada em Valinhos (SP).

A Polícia Civil confirmou na tarde desta terça-feira (11) que o atirador que matou quatro pessoas durante uma missa na Catedral Metropolitana de Campinas (SP) é Euler Fernando Grandolpho, de 49 anos, que morava com o pai em um condomínio de Valinhos (SP). Ele cometeu suicídio após o crime e outras quatro pessoas ficaram feridas após serem atingidas por disparos.

Sidnei Vitor Monteiro, de 39 anos, José Eudes Gonzaga Ferreira, de 68, Cristofer Gonçalves dos Santos, de 38, e Elpídio Alves Coutinho, de 67, morreram dentro da igreja. Outras quatro pessoas foram feridas, duas delas receberam alta nesta terça.

O delegado José Henrique Ventura disse que já foi apurado pela Polícia Civil que Euler chegou a fazer tratamento de depressão e a família temia que ele "cometesse suicídio". O atirador morava com o pai, não trabalhava desde 2015 e tinha, de acordo com ele, um "perfil estranho". [veja relato abaixo]

Segundo a polícia, a profissão do atirador era analista de sistemas, mas na ficha de identificação civil dele consta que ele era publicitário. Grandolpho não tinha antecedentes criminais, mas, por outro lado, registrou boletins de ocorrência por perseguição e injúria. As datas não foram confirmadas.

Investigação

Os policiais civis disseram à EPTV, afiliada da TV Globo, que Euler Grandolpho almoçou em casa com a família. E cerca de uma hora e quinze minutos depois cometeu os assassinatos logo após o fim da missa das 12h15.

"Ainda falta entender o trajeto da casa até a igreja, motivação exata ainda não temos, mas tudo indica que isso decorreu de um surto psicótico, ou seja, uma coisa dessa que se agravou", disse o delegado José Henrique Ventura, que comanda as investigações pelo Departamento de Polícia Judiciária de São Paulo-Interior 2 (Deinter-2).

Diário e perseguições

De acordo com o delegado, os investigadores descobriram que o atirador fazia uma espécie de diário onde anotava placas de carros e outras informações sobre supostas perseguições a ele.

"Ele tinha um perfil de se sentir perseguido. Chegou a registrar boletins de ocorrência e segundo consta, até em função desse perfil, que poderia vir de uma depressão, ele fez uma consulta no CAPS que é um centro de apoio psicossocial para tratar disso", afirmou o delegado.

Desconhecido e uso de arma

"Pelo que a gente tem de informação, ele nunca teria sido visto aqui. Não é uma pessoa conhecida que frequenta o local [igreja]", complementou Ventura. Já a Polícia Militar destacou que a forma como Grandolpho usou a arma durante o crime indica que ele tinha conhecimento para isso.

"Até porque uma pistola não é de tão fácil manuseio", falou o policial Augusto Leão. Além disso, o atirador chegou a trabalhar como auxiliar de promotoria no Ministério Público do estado de São Paulo. Segundo a assessoria do órgão, ele exonerou-se em julho de 2014.

'Perfil estranho'

De acordo com a Polícia Civil, a família informou que o atirador era bastante recluso, costumava ficar dentro do quarto, saia muito pouco de casa e chegou a fazer tratamento contra depressão. "Ele tinha um perfil muito estranho, era muito fechado. De 2015 para cá não trabalhou mais", disse José Henrique Ventura.

Cadernos, papéis e o notebook de Euler foram apreendidos pela Polícia Civil e serão analisados pela perícia. Os investigadores ainda tentam descobrir a motivação do crime.

Segundo a Polícia Civil, Euler morava com o pai, que era viúvo, e gostava muito de motocicletas. O atirador chegou a vender a moto que tinha para se sustentar.

20 disparos

O delegado do 1º Distrito Policial, Hamilton Caviola Filho, viu imagens do circuito de segurança dentro da igreja no momento da ação. Ele estima pelo menos 20 disparos.

"Ele sentou a uns dez metros para a frente da porta. Ele não entrou atirando, primeiro ele senta em um banco", afirma. De acordo com o delegado, logo após a entrada do atirador, três pessoas sentaram no banco atrás dele e foram as primeiras a serem atingidas. Entre elas, uma morreu.

"Ele usou uma arma, mas estava com duas. Motivação a gente só vai saber quando identificar, para saber o histórico dele. Eu estou me reportando às imagens. Ele [atirador] parou, pensou e executou o plano que tinha na cabeça [...] Ele se matou, mas o policial deve ter alvejado ele porque estava com um tiro na costela, depois desse tiro ele caiu e se matou", diz o delegado.

De acordo com a polícia, os números de identificação das armas encontradas estavam raspados.

Fonte G1 Campinas



Baep encontra fuzil e revólveres em dois botijões de gás em Campinas; suspeito é preso

Policiais também localizaram munição e carregadores. O homem detido alega que itens não eram dele, diz PM.


Policiais do Baep (Batalhão de Ações Especiais de Polícia) da Polícia Militar (PM) encontraram, na noite de sexta-feira (23), armas escondidas em dois botijões de gás em uma casa no Jardim Florence I, em Campinas (SP). Dentro dos botijões estavam um fuzil, dois revolveres calibre 38, munição e carregadores. Eles também apreenderam quase R$12 mil em cima de um armário e prenderam um suspeito.

Segundo a PM, o suspeito detido alega que nada apreendido pelos policiais era dele. O tenente Rodrigo Sahd disse à EPTV, afiliada da TV Globo, que o homem é suspeito de ter cometido crimes "grandes", como ataques a carro forte.
Ocorrência
O Baep chegou ao local por meio de uma denúncia anônima. Após encontrar os botijões, eles precisaram levá-los a uma serralheria para abrir e checar se as armas estavam dentro.

Dentro do botijão menor estavam os dois revólveres e a munição. No maior, o fuzil e os carregadores foram achados. Também havia isopor dentro dos botijões, para evitar que os itens fizessem barulho.

O homem permaneceu preso e responderá por porte irregular de arma de fogo de uso restrito.

fonte G1 Campinas