(Foto: Equipe Olhar Atento) |
Com o lema “Que país é este, que mata gente, que a mídia mente e nos consome? ”, o Grito dos Excluídos comemora neste ano sua 21ª edição. Nos moldes em que é realizado desde a sua 1ª edição em 1995, onde o lema era “Eras tu, Senhor”, o movimento tem a participação de várias entidades, com o objetivo de conscientizar a sociedade brasileira para os problemas reais que afetam as classes menos favorecidas e até mesmo perseguidas.
O 7 de setembro é o dia escolhido pelos organizadores, no intuito de mostrar a todas as pessoas que o patriotismo não deve ser visto de forma passiva sentados e observando as comemorações alusivas a este dia tão importante que é o 7 de setembro, mas sim de forma participativa, demonstrando seus reais problemas do dia a dia e suas principais reivindicações.
Segundo os organizadores os principais ideais defendidos nesta edição foram:
-“Lutar contra a redução da maioridade penal e contra o extermínio da juventude pobre das periferias, e pelo investimento em políticas públicas que assegurem direitos universais”.
– “Lutar pela democratização dos meios de comunicação, com novo marco regulatório para difusão aberta, fortalecimento das TVs públicas e de rádios comunitárias e banda larga livre e gratuita”.
– “Lutar pela implementação de uma política pública municipal que atenda a população de rua, fortalecendo serviços já existentes, reestruturando a rede atendimento, garantindo princípios básicos da dignidade humana”.
– “Lutar pelo direito a água como bem público, contra o aumento da tarifa e por políticas públicas que impeça o desabastecimento nas cidades”.
– “Lutar pelo direito de construir manifestações populares e contra a repressão e criminalização dos movimentos sociais”.
– “Lutar pelo direito dos povos indígenas e quilombolas, com a demarcação de suas terras e o reconhecimento de sua autonomia”.
– “Lutar em defesa dos direitos das mulheres, combatendo a violência e garantindo sua autonomia econômica”.
– “Lutar contra todas as formas de discriminação, combatendo o racismo e a intolerância religiosa”.
– “Lutar em defesa dos direitos da comunidade LGBTTs e pelo fim da homofobia”.
– “Lutar pela manutenção do emprego e ampliação dos direitos sociais, que estão ameaçados pelo ajuste fiscal, e contra o Projeto de Lei 4330 que regulamenta a terceirização”.
– “Lutar pela realização do Plebiscito Popular por uma Constituinte Exclusiva do Sistema Político brasileiro”. – “Lutar na defesa do pré-sal e das riquezas naturais e impedir a entrega de nosso petróleo às transnacionais”.
– “Lutar contra a transferência de bilhões de dólares ao exterior, de forma legal pelas empresas ou ilegal através de contas secretas (vide caso do HSBC) ”.
– “Lutar por uma política de transporte público e de qualidade, contra aumento abusivo das passagens e a retirada dos cobradores dos ônibus de Campinas”.
– “Lutar no combate a corrupção, penalizando os corruptos e corruptores, em todas as esferas de governo! ”
– “Lutar pela Reforma Agrária, com incentivo a agricultura familiar e camponesa”.
– “Lutar pelo direito a moradia e Reforma Urbana com o fim da especulação imobiliária e exigindo política urbana que articule estratégia de inclusão social e justiça ambiental”.
– “Lutar pelo direito a educação pública e gratuita, como dever do estado com 10% de investimento do PIB já”.
– “Lutar pela garantia e fortalecimento do SUS com políticas públicas, enfrentando a desigualdade com investimento de 10% do orçamento”.
– “Lutar contra a terceirização dos serviços públicos em Campinas já autorizado pela Câmara Municipal através da contratação das Organizações Sociais em diversas áreas”.
– “Lutar pelo direito a creche em Campinas, pelo o fim do déficit de vagas e a superlotação das unidades existentes, em especial nas naves mães”.
– “Lutar na defesa da participação popular com respeito as deliberações dos Conselhos Municipais”.
Mais uma vez a Equipe Olhar Atento estava no local, cobrindo de maneira simples e humilde este acontecimento e tentando contribuir para a divulgação de mais um movimento livre e democrático que tem tamanha importância para a sociedade campineira.
(Foto: Equipe Olhar Atento) |
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