Na quarta-feira (25), manifestantes só liberaram a pista após oito horas.
Caminhoneiros interditaram uma das faixas nos dois sentidos (Foto: Guilherme Tavares/ TV TEM) |
O grupo de caminhoneiros da
região de Assis (SP) que interditou
pelo segundo dia seguido parte da rodovia Raposo Tavares (SP-270),
no quilômetro 426, entre Cândido Mota e Palmital, liberou as pistas por volta
das 15h. A decisão foi tomada após acordo com a Polícia Militar Rodoviária como
medida de segurança. A retenção de veículos, que começou por volta das 7h40,
ocupava uma das faixas da via nos dois sentidos e chegou a formar seis
quilômetros de congestionamento nesta quinta-feira (26).
Segundo a polícia, uma reunião
foi marcada para a manhã desta sexta-feira (27) entre os manifestantes e a PMR
para decidirem os próximos passos das manifestações com segurança. A Polícia
Rodoviária acompanhou os manifestantes e o protesto foi pacífico. O trânsito
fluiu apenas pelas faixas da esquerda nos dois sentidos. Os carros de passeio,
ambulância e caminhões com cargas vivas foram liberados. Um caminhão que
carregava cilindros oxigênio para Santa Casa de Paraguaçu Paulista também foi
liberado.
O grupo integra o movimento
nacional de caminhoneiros que já chegou a interditar rodovias em pelo menos 13
estados desde o começo da semana. No entanto, em Assis, o grupo afirma que não tem ligação com o sindicato da
categoria, é formado por motoristas autônomos.
Eles pedem, entre outras
reivindicações, o aumento do valor do frete e redução do preço do combustível e
das tarifas de pedágio.
O grupo também reclama da atuação
do sindicato da categoria em Assis. Eles afirmam que o acordo entre o governo e
os sindicatos nacionais da categoria, feito ontem à noite, não resolve a
situação deles e por isso estão mantendo o bloqueio. Sobre as críticas dos
caminhoneiros, o Sindicato das Empresas de Transporte de Carga de Assis e
região informou que vem reivindicando junto ao governo a redução do óleo
diesel, pedágios e IPI sobre pneus agrícolas e de transporte de carga.
Primeiro dia
Na quarta-feira, os caminhoneiros tentaram interditar a rodovia por completo no km 433 entre Assis e Cândido Mota, mas foram impedidos pela Polícia Rodoviária. A manifestação durou cerca de 8 horas e apesar de pacífica registrou alguns incidentes. Um casal que seguia em um caminhão foi impedido de continuar a viagem e chegou a discutir com os manifestantes.
Na quarta-feira, os caminhoneiros tentaram interditar a rodovia por completo no km 433 entre Assis e Cândido Mota, mas foram impedidos pela Polícia Rodoviária. A manifestação durou cerca de 8 horas e apesar de pacífica registrou alguns incidentes. Um casal que seguia em um caminhão foi impedido de continuar a viagem e chegou a discutir com os manifestantes.
Uma mulher grávida de 8 meses
também foi impedida de seguir viagem com o marido caminhoneiro. Ela começou a
passar mal e os policiais rodoviários tiveram que negociar com os manifestantes
para levá-la para casa em uma viatura. As faixas interditas foram liberadas por
volta das 17 horas de ontem.
Bloqueios no país
A Advocacia-Geral da União protocolou ações na Justiça Federal dos estados para o desbloqueio das rodovias.
A Advocacia-Geral da União protocolou ações na Justiça Federal dos estados para o desbloqueio das rodovias.
No estado de o Paulo, o juiz
Bruno César Lorencini fixou multa de R$ 50 mil por hora de descumprimento para
o sindicato de empresas de logística, além de multa de R$ 100 para cada
manifestante que não desbloquear a rodovia.
Caminhoneiros pedem redução do combustível e pedágios, entre outras coisas (Foto: Reprodução / TV TEM) |
Fonte: Do G1 Bauru e Marília