segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

Três moradores de rua são mortos em menos de 24 horas em Campinas

Assassinatos foram com golpes na cabeça; polícia investiga se há ligação entre os crimes

Mais um morador de rua, o segundo em 24 horas, foi encontrado morto em Campinas com ferimentos na cabeça, na Praça Quebra-Ossos, ao lado do Viaduto Cury, na região Central, na madrugada de domingo (4). 

Na de sábado, o morador de rua identificado como José Moura Neto, de 62 anos, foi assassinado com um golpe na cabeça, provavelmente causado por uma marreta, a poucos metros do local. Na quarta-feira, outro homem foi atacado, mas socorrido com vida, e se recupera no Hospital Mário Gatti. A Polícia Civil investiga se há ligação entre os crimes. 

O Corpo de Bombeiros foi acionado às 0h45 por moradores, que avisaram sobre uma vítima esfaqueada, devido à quantidade de sangue. Mas, no local, a ambulância encontrou um homem com um ferimento na cabeça. Ele ainda estava vivo quando foi socorrido, mas não resistiu à gravidade do ferimento. O morador de rua não havia sido identificado até a noite de domingo. 

No caso de sábado, a Polícia Militar foi acionada às 6h sobre o ataque a Moura Neto, mas, segundo o médico do Samu, o homem já estava morto há pelo menos quatro horas. A perícia ainda irá confirmar o instrumento usado para agredir o moradore de rua, mas não descarta que tenha sido uma marreta. 

Segundo a Polícia Civil, pela posição em que o corpo foi encontrado, Moura Neto dormia quando foi atacado e não chegou a se mexer. O corpo estava em frente ao restaurante Popular Bom Prato, na Avenida Moraes Sales. 

O morador de rua atacado na quarta-feira, identificado como Raimundo Gomes Vasques, de 56 anos, foi encontrado caído na Rua Regente Feijó, de novo no centro de Campinas, com afundamento no crânio. Segundo a PM, o ferimento de Vasques também foi causado por marretada. 

A vítima foi levada com vida, mas em estado grave, ao Mário Gatti. Segundo o hospital, ele continua internado no setor de neurologia e está evoluindo bem. 

Investigação 
O titular da Delegacia de Investigações Gerais (DIG) de Campinas, Cláudio Alvarenga, comenta que há indícios de ligação entre os casos, devido ao curto período de tempo, proximidade dos locais das mortes e modo de ataque, porém, só a investigação pode constatar se há um assassino ou um grupo de extermínio de moradores de rua agindo na cidade. 

“A sequência de fatos sempre leva à hipótese de que os crimes estejam relacionados”, diz. “Mas precisamos de mais fatores para concluir que há uma série desse tipo de crime.”

Tatiane Quadra DO NOTÍCIAS JÁ

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