segunda-feira, 28 de março de 2011

''Famílias estão desestimuladas'', diz integrante de acampamento

Em Itapetininga, interior de São Paulo, apenas 40 famílias de um grupo que chegou a 400, ainda esperam ser assentadas.

Depois de passar sete anos sob a lona, o sem-terra Emerson Pascoal Gomes, de 22 anos, se diz cansado e com vontade de parar. Acampado com a mulher Andréia, de 19, na frente da Fazenda Santa Maria da Várzea, a 1,5 km da área urbana de Itapetininga, no sudoeste do Estado de São Paulo, ele só resiste porque sonha com o pedaço da fazenda que lhe tocará quando a terra sair. "Vai dar de 7 a 10 hectares para cada família", diz.
Das 40 famílias ali acampadas, Emerson é um dos poucos que restaram do grupo original, de 480 acampados. "A maioria desistiu. Eu mesmo estou perdendo a esperança."
O desânimo é generalizado. No Estado, o número de famílias acampadas caiu de 6,8 mil em 2004 para cerca de 2 mil no final do ano passado, conforme números do movimento. A falta de contingente dificulta a obtenção de quorum para as invasões e marchas. Algumas ações já chegaram a ser suspensas ou adiadas.
As lideranças regionais atribuem a queda no total de acampados à inoperância do governo em avançar com a reforma agrária. "Temos áreas que estão liberadas há anos, mas o governo não faz o assentamento. As famílias que estão no portão, esperando para entrar na terra, acabam ficando desestimuladas", disse Ricardo Barbosa, liderança no Pontal do Paranapanema. Ele se referia à Fazenda Nazaré, de 4,8 mil hectares, em Marabá Paulista, em fase final de desapropriação. A área é disputada há dez anos.
O MST mantém dois acampamentos na região de Itapetininga - metade do que possuía há cinco anos. No Santa Maria da Várzea, parte dos barracos não tem moradores fixos. São pessoas que trabalham na cidade e aparecem nos finais de semana, para marcar presença. Entre eles há pedreiros, serventes e vigias noturnos.

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Greve em São Paulo

A partir desta segunda-feira, os serviços informatizados ligados às atividades públicas e essenciais poderão ser prejudicados em função do início da greve dos trabalhadores de Tecnologia da Informação, em São Paulo. Os funcionários pedem reajuste salarial de 11,9%, maior participação nos lucros das empresas e correção no valor do auxílio-refeição para R$ 15 por dia trabalhado. Entre os serviços que podem ser afetados pela greve estão: cartão usuário do PoupaTempo, arrecadação de impostos, atendimento da rede pública estadual de saúde, serviços judiciários, segurança pública, emissão de nota fiscal eletrônica, arrecadação de IPTU, processamento de multas de trânsito, entre outros.