terça-feira, 23 de abril de 2013

Greve dos professores tem baixa adesão em Campinas

Categoria reivindica reposição salarial de 36,74% e complementação do reajuste referente a 2012
Sindicato dos Professores disse que ainda não sabe quantos dos 4,5 mil professores aderiram a greve nesta segunda-feira
Foto: Dominique Torquato/AAN
Sindicato dos Professores disse que ainda não sabe quantos dos 4,5 mil professores aderiram a greve nesta segunda-feira 
O primeiro dia da greve dos professores da rede estadual em Campinas teve adesão. A Secretaria do Estado da Educação informou que registrou nesta segunda-feira (22) um aumento de 0,7% em relação à média diária de ausências no município, que é de 5%. Em Campinas 117 mil alunos estão na rede estadual de ensino

Já diretoria regional do Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo (Apeoesp) afirmou que só estimar quantos dos 4,5 mil professores da cidade pararam, no segundo dia da mobilização.
A categoria reivindica reposição salarial de 36,74% e complementação do reajuste referente a 2012, o cumprimento da jornada extraclasse, o fim da remoção e da designação de professores das escolas de tempo integral, concursos públicos para oportunidade de efetivação, a não privatização do Hospital do Servidor, entre outras coisas.

O foco do sindicato foi convencer os docentes de Campinas a aderirem à greve. Equipes, com cerca de seis militantes, foram divididas por regiões para percorrerem as escolas. O objetivo é visitar as 158 colégios até sexta-feira (26), para conseguir pelo menos 70% de adesão.
O Correio acompanhou a mobilização em dois pontos, na manhã desta segunda-feira. Na Escola Estadual Deputado Eduardo Barnabé, no Dic 1, cerca de 30% dos professores participaram da reunião com a entidade. No entanto, a maioria dos docentes decidiram não aderir ao movimento. "Pouca gente deve aderir. Tenho amigas que dão aula em cidades do Interior, como Tupã e Ourinhos, que nem estavam sabendo da greve. Não vejo motivos tão fortes para paralisar", disse uma professora do Ensino Médio, que não quis se identificar.
Os alunos foram dispensados mais cedo das aulas da Escola Estadual Núcleo Habitacional Vida Nova, às 11h30, para que os professores pudessem participar da reunião com representantes da Apeosp.

"A gente passou por muita greve aqui. Eu não ligo de ficar sem estudar, mas minha mãe fica nervosa. Querendo ou não, é muito tempo perdido", disse um estudante da 1º ano do Ensino Médio da escola. Outra aluna do mesmo ano, afirmou não querer a greve. "Atrapalha muito o calendário escolar. Depois temos que ter aula em julho, em dezembro, quando todo mundo está de férias", disse.
A diretora da escola, Vera Alice Xavier Vanucci, afirmou que a maioria dos docentes não está interessado em greve. "Nós fizemos um ótimo trabalho com os estudantes no ano passado, fomos bem avaliados. Os professores estão motivados, não estão interessados em parar", disse.
Em nota, a Secretaria do Estado da Educação lamentou que a "Apeoesp se paute por uma agenda político-partidária e ignore o amplo diálogo que a atual gestão tem estabelecido não apenas com os profissionais da rede estadual de ensino, mas também com os sindicatos da categoria" .
Ainda de acordo com o texto, o governou encaminhou na semana passada à Assembleia Legislativa um projeto de lei complementar para conceder novo aumento aos profissionais da Educação. Os 8,1% de acréscimo propostos eleva de 42,2% para 45,1% o aumento escalonado até 2014.

"Desse modo, os professores da rede estadual paulista, que já ganham 33,3% mais que o piso nacional vigente, passarão a ter, a partir de julho, uma remuneração 44,1% maior que o vencimento mínimo estabelecido em decorrência da Lei Nacional do Piso Salarial Magistério Público", informou.

Fonte: CORREIO POPULAR

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