No acumulado dos últimos 12 meses, Campinas também teve 14 casos a menos de latrocínios
A região de Campinas contribuiu para a queda de homicídios dolosos no Estado. De janeiro a setembro, a diminuição foi de 16,93% em relação ao mesmo período do ano passado. Foram 211 casos nos últimos nove meses, contra 254 entre janeiro e setembro de 2010.
Outro comparativo é o dos últimos 12 meses, que apresentou queda de 13,69%, com 290 homicídios – 46 a menos que no período compreendido entre outubro de 2009 e setembro de 2010, quando foram registrados 336 casos. A informação consta das Estatísticas Mensais da Criminalidade, contabilizadas pela Coordenadoria de Análise e Planejamento (CAP) da Secretaria da Segurança Pública (SSP).
A redução dos homicídios dolosos na região acompanha a tendência de queda estadual. Pelo nono mês consecutivo, o Estado registra taxa abaixo da chamada zona de epidemia, classificada pela Organização Mundial de Saúde (OMS), quando há 10 ou mais homicídios por 100 mil habitantes/ano. Até setembro o Estado alcançou a taxa de 9,78 por grupo de 100 mil habitantes. A taxa média de homicídios no Brasil é de 22,3/100.
A Secretaria da Segurança Pública atribui a contínua redução das mortes intencionais em todo o Estado à investigação, identificação e prisão dos autores de homicídios, à melhoria da gestão policial, com o aumento do número de policiais militares nas ruas, à retirada de mais de 390 mil armas ilegais das ruas desde 1999 e ao investimento do Estado em segurança pública, inteligência policial e tecnologia da informação.
Latrocínios
Nos nove primeiros meses de 2011, foram registrados 14 casos a menos que em igual período do ano passado. Essa modalidade criminal recebe atenção especial das polícias paulistas, com o reforço do policiamento e o mapeamento das ocorrências.
No acumulado dos últimos 12 meses, Campinas também teve 14 casos a menos de latrocínios, comparando-se com o período de outubro de 2009 e setembro de 2010, quando foram 27.
Crimes com armas
Entre os crimes com uso de arma de fogo, as extorsões mediante sequestro apresentaram quedas, tanto nos nove primeiros meses do ano, quanto nos últimos 12 meses. Nos últimos nove, foram três casos a menos. Nos últimos 12 meses, foram seis extorsões mediante sequestro a menos.
Outra modalidade que apresentou redução foram os roubos em geral, que diminuíram em 208 casos na região, entre outubro de 2009 e setembro de 2010, quando foram registrados 16.175 casos, contra 15.967 nos últimos 12 meses, totalizando queda de 1,29%. De janeiro a setembro, a redução foi de 0,25%, com 30 casos a menos.
O roubo de veículos caiu 1,73% nos últimos nove meses, quando foram registrados 4.832 casos contra 4.917 no mesmo período de 2010. No comparativo dos 12 últimos meses, houve uma redução de 0,81%, com 52 casos a menos. De outubro de 2009 a setembro de 2010, foram registrados 6.399 contra 6.347, de outubro de 2010 a setembro de 2011.
Polícia mais ativa
A atividade policial aumentou em Campinas. Três indicadores – flagrantes de tráfico de entorpecentes, prisões efetuadas e apreensões de armas de fogo – registraram crescimento nos últimos nove meses do ano, na região. Os flagrantes de tráfico de drogas tiveram aumento de 18,27% nos últimos nove meses do ano, na região. Foram registrados 2.499 flagrantes – 386 a mais do que o mesmo período de 2010, quando foram lavrados 2.113 boletins de ocorrência (BOs).
As estatísticas da criminalidade apontam ainda um crescimento de 11,03% no número de prisões efetuadas de janeiro a setembro de 2011. No período, foram 8.585 prisões contra 7.732 nos nove primeiros meses de 2010.
Outro indicador da atividade policial, as apreensões de armas de fogo cresceram 7,51% na região. Somente nos primeiros nove meses do ano, as polícias apreenderam 1.145 armas de fogo ilegais, o que representa 80 apreensões a mais que no mesmo período do ano passado. Vale ressaltar que esse tipo de ocorrência depende totalmente do trabalho de investigação da Polícia Civil e do policiamento ostensivo da Polícia Militar.
Violência contra a mulher
A partir deste mês, a Secretaria da Segurança Pública passa a publicar dados de criminalidade contra a mulher. Os números de homicídios, tentativas de homicídios, lesões corporais dolosas e maus tratos, entre outros, serão divulgados mensalmente pelo site da SSP (www.ssp.sp.gov.br). A divulgação atende o disposto na Lei Estadual 14.545, de autoria da deputada Analice Fernandes, aprovada pela Assembléia Legislativa e sancionada pelo governador Geraldo Alckmin, em 14 de setembro deste ano.
O Estado de São Paulo é pioneiro na criação de políticas de defesa da mulher. Tem hoje 129 Delegacias de Defesa da Mulher. Os dados criminais incluem não apenas as ocorrências registradas pelas DDMs, mas de todos os distritos policiais.
Separados por capital, Grande São Paulo, interior e Estado, os crimes contra a mulher já estão contabilizados nas Estatísticas Mensais da Criminalidade, divulgadas pela SSP. Assim, podem ser acompanhados com um foco especial nos crimes contra a mulher. Mas estão contabilizados nos números mensais, que incluem crimes contra homens e mulheres.
Atualizações mais frequentes
Desde março, São Paulo passou a divulgar as estatísticas criminais por mês e por distrito policial no site da SSP (www.ssp.sp.gov.br). A divulgação era feita trimestralmente desde 1995. Com a mudança, as atualizações das estatísticas passaram a ser mais frequentes.
As estatísticas destinam-se, em primeiro lugar, à tomada de decisões estratégicas de governo, como distribuição de recursos materiais, humanos e tecnológicos. Por isso, são sempre atualizadas, de modo a refletir da forma mais próxima possível a criminalidade.
De forma geral, as atualizações são feitas a pedido dos delegados titulares de distritos, seccionais ou divisões, na medida em que descobrem fatos novos a partir da investigação dos crimes. As atualizações propostas são analisadas pela Coordenadoria de Análise e Planejamento da SSP antes de serem oficializadas.
A SSP toma medidas constantemente para diminuir a subnotificação e aumentar o registro formal de cada crime ocorrido. Exemplos disso são a Delegacia Eletrônica e o registro de BOs pela Polícia Militar. É com base nos registros oficiais que são elaborados os mapas da criminalidade, que indicam locais, dias e horários de maior incidência.
Portal RAC
Informações da Assessoria de Imprensa e Comunicação da Secretaria da Segurança Pública
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