segunda-feira, 21 de novembro de 2011

Marcha com 100 pessoas e missa afro marcam Dia da Consciência Negra em Araraquara

Data serve para o negro refletir e resgatar sua importância na história do Brasil, diz organizadora

A realização da 5ª Marcha Regional da Consciência Negra e a celebração de uma missa afro, no Parque Pinheirinho, marcaram o início das comemorações do feriado neste domingo (20), em Araraquara. Cerca de 100 pessoas - segundo a organização - participaram do evento que é realizado desde o primeiro ano da instituição do dia da Consciência Negra na cidade, em 2007.

“Não pensamos no feriado, pensamos no dia dedicado à reflexão e é necessário porque resgata a importância do negro para a constituição da história do Brasil”, afirma Alessandra Laurindo, coordenadora de promoção da igualdade racial em Araraquara.

Para a advogada Rita de Cássia a data é muito mais importante que a abolição da escravatura, em 13 de maio. “Quando terminou a escravidão os negros ficaram a própria sorte, sem garantia de nenhuma inserção social”, comenta. “Foi a luta de Zumbi dos Palmares, lembrado hoje, que importou para a inclusão do negro na sociedade.”

O líder resistente do Quilombo dos Palmares foi assassinado em 20 de novembro de 1665.

Para o assessor de projetos do Centro de Referência Afro (CRA) de Araraquara, Aparecido Donisete Toledo, a necessidade do Dia da Consciência Negra pode ser vista no cotidiano. “Todos os dias muitas pessoas ainda nos procuram denunciando casos de racismo, que é muito presente na sociedade, infelizmente”, afirma.

Missa Afro
Responsável por celebrar a missa após a marcha, o padre Antônio de Marco, da paróquia do Santana, acredita que o encontro pôde garantir união das várias religiões. “Tentamos respeitar o direito de todos, independente de raça ou credo, para manter uma unidade”, comenta. “A Igreja acolhe Zumbi de Palmares e todas as motivações por sua luta.” Além do padre, estavam presentes na missa chefes de terreiros da umbanda e do candomblé. 

EPTV.com - Felipe Turioni

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