sexta-feira, 19 de agosto de 2011

Araraquara: Exames de dengue serão realizados semanalmente

Objetivo é antecipar ações de prevenção; tempo de espera chegava a 30 dias


Os exames da sorologia comprobatória para a dengue em Araraquara serão realizados todas as sextas-feiras a partir desta semana. A decisão foi tomada pela secretária de Saúde, Regina Barbieri, para agilizar as ações de prevenção do combate à doença nas regiões com maior incidência de casos.

Segundo Regina, até a quarta-feira (17), o Serviço Especial de Saúde de Araraquara (Sesa) esperava a chegada de pelo menos 20 casos suspeitos para realizar os exames e aproveitar a capacidade do kit comprado com essa finalidade — ele processa até 40 testes de uma só vez. "Esperavam juntar muitos para não perder o kit, mas aboli essa norma. Estamos em situação de epidemia", alega a secretária.

A espera pelo resultado poderia levar até 30 dias. Enquanto isso, as equipes faziam o trabalho preventivo com base em uma interpretação da ficha de notificação da suspeita por uma equipe técnica.

Com a nova regra, toda sexta-feira pela manhã serão processados os casos coletados durante a semana, sendo eles dois ou 40. À tarde, um funcionário da Vigilância Epidemiológica irá verificar os resultados que indicam retorno positivo. Com base nesta informação, as ações de prevenção, como bloqueio e arrastão, serão dirigidas para as áreas de onde vieram os casos. "Poderemos atuar com mais agilidade", conclui Regina.

De acordo com a secretária, os últimos 17 casos pendentes retornaram com resultado negativo. A cidade tem 2.386 casos de dengue confirmados neste ano.

Nebulização
Uma alternativa para ajudar a controlar a população do mosquito transmissor da doença, o Aedes aegypti, seria a aplicação do veneno UBV, fornecido pela Superintendência de Controle de Endemias (Sucen). Todavia, para a liberação do produto, a Sucen exige o cumprimento de critérios técnicos e alguns não são atendidos pelas ações realizadas na cidade.

"Eles dificultam muito, são muito exigentes para liberar o veneno", reclama o coordenador das Vigilâncias em Saúde, Feiz Mattar. "São mais críticos do que parceiros. Estamos numa fase de transmissão alta, difícil de interromper", diz.

De acordo com Regina Barbieri, a restrição da Sucen tem relação com o percentual de imóveis não visitados nas ações casa a casa. "Temos de entrar em mais de 70% dos imóveis, o que é difícil em bairros muito populosos", alega. "Pedimos que a Sucen seja mais flexível nessa regra", completa.

EPTV, com informações de Araraquara.com

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