segunda-feira, 15 de agosto de 2011

Lei antifumo faz dois anos e tem alta adesão

O segundo aniversário da lei antifumo é comemorado em Campinas e no Estado de São Paulo com aprovação quase unânime.

Emrpesário Ricardo Cappucci em área criada pra fumantes
(Foto: Janaína Maciel/AAN)
O segundo aniversário da lei antifumo é comemorado em Campinas e no Estado de São Paulo com aprovação quase unânime. Polêmica quando foi instituída, a proibição do fumo em locais públicos fechados é rejeitada hoje por apenas 4% da população. Proprietários de restaurantes e bares afirmam que a norma pegou e foi muito bem aceita pelos clientes. No último dia 7 de agosto, a lei completou dois anos com adesão de 99% dos estabelecimentos vistoriados em todo o Estado e aprovação de 96% dos paulistas.

Os dados da Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo apontam que, na área compreendida pelo Departamento Regional de Saúde de Campinas (DRS-7), que engloba 42 municípios, foram realizadas 27.435 inspeções desde 2009. Ao todo, 84 estabelecimentos foram autuados pelos agentes da Vigilância Sanitária e pelo Procon nesses dois anos. Um dado que mostra a adesão da população é o número de denúncias: uma em cada cinco multas foi aplicada depois de alertas da população.

“Pegou muito essa lei, até mesmo para o fumante. Se ele não adere, a própria sociedade cobra dele que apague o cigarro ou se retire. Ele pode até querer ir, mas a família quer ficar, então ele apaga”, disse o empresário Ricardo Cappucci, do bar e restaurante Seo Rosa, no Cambuí. O próprio ambiente ficou mais agradável, acredita. “As pessoas não ficam mais com o cabelo ou a roupa cheirando a fumaça de cigarro.”

Foi exatamente esse cheiro que fez com que o garçom Marcos Reis, de 47 anos, parasse de fumar. “Um dia cheguei em casa e minha filha disse que eu estava fedendo. Foi então que eu decidi, em 2001, parar de vez com o vício”, contou. Há 29 anos, ele trabalha no restaurante Macarronada Italiana, na Avenida Marechal Carmona. “A lei me ajudou a não ter mais a vontade de fumar, porque eu sentia o cheiro, que até ficou mais forte depois que parei. No fim, quando você está numa mesa e não fuma e o restante sim, você acaba fumando junto. É desagradável”, afirmou.

Natan Dias RAC

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