Em janeiro deste ano, poucos se arriscavam a se colocar como candidato a prefeito nas eleições de 2012. Para muitos, o xadrez político já estava resolvido. O prefeito de Campinas, Hélio de Oliveira Santos (PDT), com os altos índices de aprovação da sua administração, mesmo sem um nome forte, conseguiria fazer o seu sucessor, disputando o posto com o deputado estadual Jonas Donizetti (PSB).
Hélio vinha investindo em Carlos Henrique Pinto, ex-secretário de Segurança. A história, porém, mudou após denúncias do Gaeco, braço do MP (Ministério Público) que investiga o crime organizado. Fraudes, propina, alvarás irregulares culminaram com o pedido de prisão de vários agentes públicos e com uma CP (Comissão Processante) que poderá cassar o mandato de Hélio ainda neste mês.
E esse desgaste fez com que o número de pré-candidatos a prefeito aumentasse. De dois candidatos certos, agora são pelo menos 11. Pelo PMDB há três nomes: Tereza Dóro (presidente da Setec), Eduardo Coelho (professor) e Dário Saadi (vereador) - este último ainda está no DEM, mas arruma as malas para ir para o PMDB sob a promessa de que será o cabeça de chapa da legenda.
No PSDB, que no início do ano comentava-se não ter sequer um pré-candidato, agora há três nomes: o deputado federal Carlos Sampaio, a deputada estadual Célia Leão e o vereador Artur Orsi. Pelo PSB, o candidato continua Jonas, que se cacifou após disputar três eleições para prefeito.
O nome do deputado federal Guilherme Campos é apontado para ser o cabeça de chapa do PSD. Na berlinda estão o PT e o PDT - partidos que administram a cidade e cujos filiados foram denunciados pela Promotoria, como o vice-prefeito Demétrio Vilagra (PT).
Dentro do PT despontam os nomes do deputado estadual Gerson Bittencourt e do secretário de Trabalho e Renda, Sebastião Arcanjo. O "salvador da pátria" do PDT é o atual secretário de Urbanismo, Luis Yabiku, que seria o nome para disputar a prefeitura. E, até setembro, a bancada do PDT deve perder quatro dos oitos vereadores.
Eles avaliam que o PDT terá poucos votos, o que tornará impossível reconduzir oito parlamentares à Câmara. "A eleição está aberta. Não há favoritos.", disse um dos prefeituráveis.
Band Campinas
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