sexta-feira, 16 de outubro de 2009

Prejuízos em invasão superaram R$ 1,2 milhão

JB On Line

A empresa Cutrale informou quarta-feira que os prejuízos com as destruições na fazenda Santo Henrique, na divisa dos municípios de Iaras e Lençóis Paulista, em São Paulo, após invasão do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra, totalizam R$ 1,2 milhão. Cerca de 250 famílias do MST invadiram o local no último dia 28 e deixaram a área no dia 7, após negociação com a Polícia Militar.
Segundo Carlos Otero, representante da Cutrale, o valor inclui a destruição de equipamentos, tratores, defensivos agrícolas e parte do pomar de laranjas.
– A Cutrale possui o valor preliminar dos prejuízos, decorrentes da injusta invasão sofrida. Os prejuízos foram grandes, ultrapassando R$ 1,2 milhão – disse.
O delegado de Borebi (SP), Jader Biazon, abriu inquérito para apurar os responsáveis pelo vandalismo na fazenda e eles devem ser indiciados por formação de quadrilha, esbulho possessório, furto e dano. O MST atribui a agentes infiltrados a destruição de parte dos equipamentos da fazenda, mas também alega que outra parte já não estava em funcionamento quando o movimento ocupou a fazenda.
Quarta-feira, o novo diretor-geral interino da Agência Brasileira de Inteligência, Wilson Roberto Trezza, admitiu que o órgão monitora o MST, mas ressaltou que não tem mecanismos para prever todas as ações deflagradas por eles. Trezza disse, durante sabatina na Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional do Senado que o confirmou no cargo, que a Abin acompanha ações dos movimentos sempre que há ameaças ao patrimônio público, com foco nos interesses da Presidência da República.
O diretor disse, contudo, que a Abin não tinha como prever a invasão da fazenda no interior de São Paulo, uma vez que, segundo ele, o fato fugiu ao controle dos próprios dirigentes do MST e não era prioridade da presidência da República.
– Temos conhecimento do modus operandi desses manifestantes. Não o episódio específico que ocorreu (em São Paulo). É uma possibilidade de ocorrência que foge, às vezes, à atividade de inteligência. Talvez tenha fugido ao controle da própria direção do movimento naquele momento – ponderou Trezza, acrescentando que a agência elabora relatórios de inteligência que são frequentemente encaminhados ao Ministério da Justiça e Polícia Federal para embasar eventuais inquéritos policiais.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Deixe aqui seu comentário.