quarta-feira, 19 de outubro de 2011

Saúde, Unicamp e Viracopos poderão entrar em greve

Depois da paralisação dos carteiros e dos bancários, os campineiros devem se preparar para mais uma semana de transtornos

Funcionários da universidade durante a manifestação, nesta terça (18), diante da reitoria
(Foto: Rogério Capela/AAN)
Depois da greve dos carteiros e dos bancários, os campineiros devem se preparar para mais uma semana de transtornos. Outras 3 paralisações de serviços considerados vitais foram deflagradas na cidade. 

Os aeroportuários – funcionários da Empresa Brasileira de Infra-Estrutura Aeroportuária (Infraero) – decidiram promover uma greve de 48 horas que começa às 23h de quarta-feira (19). Os trabalhadores da saúde pública municipal prometem cruzar os braços também amanhã, a partir das 7h. Já os servidores da Unicamp estão em greve desde esta terça (18), por tempo indeterminado. 

Segundo o Sindicato dos Trabalhadores no Serviço Público Municipal de Campinas, que representa a categoria, devem ter as atividades afetadas: as unidades básicas de saúde, as policlínicas, parte do atendimento do Hospital Mário Gatti e o laboratório do Hospital Ouro Verde. 

A reivindicação dos trabalhadores é por uma jornada de 30 horas semanais, correção do percentual de insalubridade, mais segurança e melhores condições de trabalho nas unidades de saúde. A paralisação terá início às 7h e haverá concentração dos servidores em frente ao Paço Municipal até às 17h. A expectativa de adesão é de 300 servidores. 

A Secretaria Municipal de Saúde informou que reforçou as escalas de urgência e emergência. “O Sindicato nos assegurou que a paralisação não vai atingir áreas essenciais de urgência e emergência. Mas entendemos que ela vai atingir o elo mais fraco da cadeia, os usuários. Esperamos que haja responsabilidade para que os pacientes não sejam prejudicados”, afirma o secretário José Francisco Kerr Saraiva. 

Já a categoria dos aeroportuários também decidiu interromper as atividades por 48 horas em Viracopos, Cumbica (SP) e Brasília (DF), a partir das 23h de hoje, para protestar contra o modelo de privatização dos aeroportos. 

“Não somos contra parceria com iniciativa privada, mas contra o modelo de privatização proposto, contra o excesso de terceirização e contra políticas mal feitas”, afirma o presidente do Sindicato Nacional dos Aeroportuários (Sina), que representa a categoria, Francisco Lemos. 

A proposta do sindicato, segundo ele, é que a iniciativa privada fique responsável por atividades comercias e administrativas e a Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero) com as áreas de operações, segurança aeroportuária, navegação e carga aérea e manutenção especializada. A Infraero informou, por meio da assessoria de imprensa, que está montando um plano de contingência em Viracopos para manter operações e atender aos passageiros.

AAN

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Deixe aqui seu comentário.