segunda-feira, 12 de setembro de 2011

Formandos estão sem diploma, um ano e meio após colar grau

Uniseb COC culpa greve da UFSCar; Federal alega que recebeu pedido em março de 2011 

Cerca de 340 formandos do Centro Universitário Uniseb COC estão sem diploma, um ano e meio após colarem grau. O fato de não ter o documento dificultam aos ex-alunos fazerem cursos de pós-graduação e conseguirem o registro profissional. 

O vice-reitor da instituição, Reginaldo Arthus, alegou que a greve da UFSCar – entidade responsável pelo registro dos diplomas –, prejudicou as faculdades particulares. “O problema é da educação brasileira. Tenho que depender de todos os atos legais de uma instituição pública para registrar o diploma, e eles não têm um prazo para devolver a remessa que você manda para eles”, declarou. 

Porém, a assessoria de imprensa da UFSCar enviou à reportagem do EP Ribeirão o protocolo dos dois lotes de diplomas, referentes aos formandos 2009. O documento mostra que os pedidos foram feitos nos dias 23 e 24 de março de 2011, um ano após a colação de grau. Sobre a greve de funcionários, a entidade confirma que isso atrasará o registro de diplomas, já que o departamento responsável está parado. Em condições normais, o prazo de entrega varia de três a quatro meses. 

Questionado sobre a demora no envio, o vice-reitor da Uniseb COC afirmou que vai tentar identificar o que ocorreu. “Existem inúmeros fatores. Os estudantes precisam fazer o pedido do diploma e entregar todos os documentos para que a gente leve à UFSCar, por exemplo. Existem portarias do MEC que também podem ter atrasado esses pedidos”, explicou. 

Impedimentos 
Neste mês, a Uniseb COC enviou uma carta com um certificado de conclusão de curso aos formandos. Porém, o documento não tem a mesma validade de um diploma. Formada em administração de empresas, Rachel de Oliveira Moreira, de 23 anos, está impossibilitada de começar uma pós-graduação porque não tem diploma. Apesar de reclamar na faculdade onde se formou, o problema não foi resolvido. “Recebi um papel, certificando que estou formada. Só que onde eu vou fazer a pós, eles exigem o diploma. As aulas começam no próximo dia 14. Paguei o curso e não sei o que fazer”, desabafou. 

Sem o diploma, os formandos em jornalismo tiveram que fazer um registro profissional provisório, válido por um ano. Passado este período, um novo documento terá de ser feito. É o caso do jornalista Michel Montefeltro, de 23 anos, que foi estudar no Canadá. 

“Eu precisava do meu diploma. Tive que traduzir meu certificado para que eles aceitassem minha inscrição. Além disso, não peguei o meu registro de jornalista porque eles exigem o diploma. Enquanto isso, a gente tem que levar vários documentos no Ministério do Trabalho para fazer um registro provisório”, disse. 

Legislação 
As faculdades particulares não têm autonomia para registrar diplomas. Centro Universitário e Universidades podem confeccionar o documento internamente. 

Segundo o vice-reitor do Uniseb COC, como a instituição se transformou em um Centro Universitário, já em 2011 o diploma está saindo no dia da colação. “Conseguimos entregar para os alunos no dia da colação. No mesmo dia”, explicou.

EPTV.com - Cleber Akamine 

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Deixe aqui seu comentário.