quinta-feira, 16 de junho de 2011

Lippi garante que saúde não para

Prefeito diz que Pronto-Socorro não fecha e fala em acordo

O Pronto-Socorro Municipal, que opera na Santa Casa de Misericórdia de Sorocaba, não vai parar de atender à população em 1º de setembro, havendo ou não acordo entre governo municipal e a direção do hospital. A afirmativa foi feita nesta quarta-feira (15) pelo prefeito Vitor Lippi, que voltou a falar em uma possível intervenção.

A declaração foi dada durante uma coletiva de imprensa. Quando o assunto foi o impasse com a diretoria da Santa Casa que pode colocar fim à operação do PS em setembro, ele ressaltou que embora se fale em intervenção, as partes estão chegando a um entendimento.

“Hoje o clima é bem mais ameno e estamos [governo e Santa Casa] debatendo pontos decisivos. A negociação está caminhando e se eu tiver de dar um parecer nesta quinta-feira (16), digo que haverá um acordo.”

O prefeito afirma que já existe uma saída que atenuaria um dos problemas críticos: a falta de leitos para internações decorrentes de atendimentos no pronto-socorro. Lippi reafirmou que está praticamente acertada uma parceria com o Hospital Evangélico para que aquela unidade médica fique responsável por cerca de 200 internações ao mês de pacientes oriundos da Santa Casa.

Já sobre o aumento de repasse – dos atuais R$ 707 mil por mês para o R$ 1,5 milhão requerido pela Santa Casa – Lippi voltou a dizer que ainda não recebeu qualquer documentação que esclareça qual é o custo mensal de operação do pronto-socorro. “Até que nos mostrem o contrário, insistimos que os recursos disponibilizados pela prefeitura são suficientes. Se há dívidas de outros serviços afetando as contas da Santa Casa, não somos responsáveis”.

O contrato feito entre Santa Casa e governo municipal prevê que a prefeitura tem responsabilidade apenas sobre o custo do PS Municipal. Sobre a intervenção, Lippi salientou que ela só seria adotada em caso de falta de acordo.

O caso
A instabilidade no relacionamento entre Santa Casa e prefeitura veio à tona em 1º de junho, quando a direção do hospital publicou nos jornais da cidade um informe publicitário no qual anunciava o rompimento do contrato. Segundo o anúncio, a Santa Casa se reservaria ao direito de prestar somente mais 90 dias de atendimento – conforme contrato – até suspender o atendimento da população via SUS (Sistema Único de Saúde).

Na justificativa, a Santa Casa afirma que os repasses feitos pela prefeitura não contemplam o aumento de atendimentos ao longo dos 12 anos de convênio. Em 1999 eram feitos 7 mil atendimentos ao mês para uma população de 300 mil habitantes. Nesta quinta-feira (16) seriam 13 mil pessoas  atendidas mensalmente para 600 mil habitantes.

Mayco Geretti
Agência BOM DIA

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