quarta-feira, 7 de outubro de 2009

Guerrilheiro é enterrado no Ceará

Retirado de "O Globo"

FORTALEZA. Após uma espera de 37 anos, a família do cearense Bergson Gurjão Farias enterrou ontem a ossada do guerrilheiro, torturado e morto no Araguaia em 1972, aos 25 anos. Após homenagem na concha acústica da Universidade Federal do Ceará, onde Bergson cursava engenharia química, o cortejo seguiu em carro dos bombeiros até o cemitério. A mãe de Bergson, Luiza Gurjão Farias, de 94 anos, e os três irmãos do guerrilheiro do PCdoB acompanharam a cerimônia. A irmã Ielnia falou dos "sentimentos tumultuados":
- Estamos com alegria porque Bergson chegou. Mas com a tristeza da certeza (da morte). Ele tinha suas convicções e lutou por elas. Herói é o que defende seus ideais.
A solenidade contou com a presença do ministro Paulo Vanucchi, da Secretaria Especial de Direitos Humanos. Em seção realizada em Fortaleza anteontem, a Caravana da Anistia julgou o caso de Bergson. A família do guerrilheiro recebeu um pedido de desculpas do estado e uma indenização de R$100 mil. A ossada do estudante foi identificada em julho passado.

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