sexta-feira, 9 de março de 2012

Professores aceitam proposta e descartam greve em Araraquara, SP

Decisão foi tomada por cerca de 30 funcionários presentes em assembleia.
Proposta tenta adequar lei federal de um terço da jornada extraclasse.

Professores aceitam proposta e descartam greve
em Araraquara (Foto: Manoela Marques/G1)
A discussão, que teve início em janeiro, entre professores da rede municipal e a Secretaria da Educação de Araraquara, no interior de São Paulo, para encontrar uma forma de cumprir a lei federal 11.738 parece estar chegando ao fim.

A última proposta apresentada pelo governo foi aceita durante assembleia realizada nesta quinta-feira (8) na Escola Luis Roberto Salinas Fortes, onde estavam presentes cerca de 30 funcionários públicos. Os professores estavam em estado de greve desde o dia 25 de fevereiro.

A proposta aceita nesta quinta parece ter agradado à maioria dos presentes, que fizeram apenas duas ressalvas. Os professores querem continuar as discussões ao longo do ano, para que em 2013 a lei seja cumprida integralmente. Além disso, exigem receber com antecedência qualquer projeto de lei encaminhado pela Prefeitura para aprovação da Câmara Municipal, para que tenham tempo de avaliar.

Discussões
A categoria reivindica o cumprimento de que um terço da jornada de trabalho de 40 horas semanais seja dedicado às atividades extraclasse, estudos ou planejamento de aulas e vem trocando propostas com a Secretaria desde que a lei foi aprovada, no início do ano por intermédio do Sindicato dos Servidores Municipais de Araraquara e Região (Sismar).

No entanto, segundo o secretário da Educação Orlando Mengatti, o Nino, para cumprir a lei de imediato, a cidade precisaria contratar mais 300 professores e arcar com um gasto inicial de aproximadamente R$ 7,5 milhões. Atualmente, Araraquara possui 1,2 mil profissionais trabalhando na rede municipal de ensino.

Manifestação
Apesar de aceitar a proposta, os professores presentes na assembleia decidiram acatar uma sugestão do Sismar e prometeram uma manifestação para os dias 14, 15 e 16 de março quando ocorre uma paralisação nacional da categoria.

Eles devem trabalhar vestindo roupa preta e o sindicato tentará fazer uma mobilização em frente à Prefeitura, reunindo um grande número de funcionários com o objetivo de mostrar que a categoria aceitou a proposta, mas não ficou satisfeita.

Manoela Marques
Do G1 Araraquara e Região

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Deixe aqui seu comentário.