sexta-feira, 9 de março de 2012

Justiça condena três delegados por vantagens indevidas nos cargos

Delegados teriam usados cargos para cobrar propina e obter benefícios.
Eles trabalhavam em Campinas e Hortolândia quando ocorreram os crimes.


Três delegados da região de Campinas, interior de São Paulo, foram condenados nesta quinta-feira (8) acusados de ter tido vantagens indevidas quando exerciam cargos nas cidades de Hortolândia e Campinas.

Alexandre Gomes Nogueira foi condenado a quatro anos em regime aberto e Antonio Eribelto Piva Júnior a sete anos e meio em regime fechado, por cobrança de propina para serviço de guincho. José Eduardo Cury, a cinco anos em regime fechado, por cobrança para seguir em investigação.

Piva Júnior e Cury foram acusados de exigir uma porcentagem de 35% sobre os valores arrecadados com o serviço de guincho em Hortolândia. O caso ocorreu entre os anos de 92 e 95, quando eram o primeiro delegado e o outro investigador, respectivamente.

Segundo investigações, o repasse era pago pelo dono do pátio semanalmente e dividido entre os dois policiais. Após três meses de funcionamento do local, Piva Júnior e Cury teriam pedido o pagamento de R$ 30 mil. No final de 93, os policiais exigiram mais um pagamento, só que dessa vez no valor de R$ 100 mil.

Em outra condenação, Nogueira, que era titular do 9° Distrito Policial de Campinas, em 2009, obteria vantagem em uma investigação. Ele teria dito a vitima que iria esclarecer o furto em um estabelecimento comercial, mas segundo a investigação passou a exigir dinheiro para dar andamento nas apurações. Ele cobraria R$ 6 mil para investigar o caso. Nogueira chegou a ser preso na época em flagrante com esse valor.

Segundo a Secretaria de Segurança Pública do Estado, os delegados respondiam processos administrativos, mas que qualquer medida punitiva contra eles será tomada depois da conclusão destes processos.

Até a publicação da reportagem, o delegado Cury foi procurado, mas não retornou as ligações. Gomes Nogueira não foi localizado. Piva Júnior disse não ter sido notificado da decisão.

Do G1, em Campinas (SP)

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