A mensalidade dos colégios particulares de Ribeirão Preto (314 km de SP) vai ficar até 15% mais cara a partir do ano que vem.
O reajuste é maior do que a alta prevista para o Estado -de 10% a 12%, de acordo com o Sieeesp (sindicato das escolas privadas de São Paulo). O aumento também está acima da meta da inflação para 2011, de 6,5%, segundo o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo).
O reajuste ocorre num cenário em que a inadimplência é menor do que a registrada no ano passado: segundo o sindicato, em agosto o calote foi de 7,08% em Ribeirão. Já no mesmo mês de 2010, havia sido de 10,64%.
Mesmo antes do final do ano letivo, o reajuste já gera críticas de pais. Com dois filhos, de 11 e 13 anos, a dona de casa Gracia Aparecida Moreira, 48, se planeja para lidar com o reajuste das escolas.
Por conta dos gastos com a educação, de R$ 1.600, ela afirmou ter decidido abdicar, até o final do ano, de um tratamento dentário. "Essa vai ser a alternativa para não apertar o orçamento no final do ano", disse.
O representante comercial Vanderlei Amaso, 50, afirmou que o aumento da mensalidade da escola de uma das filhas foi de 15% -a conta saltou para R$ 1.300.
"Faço sacrifício para mantê-las em escola particular. Uma delas tem desconto por causa das boas notas, o que já ajuda muito."
JUSTIFICATIVAS
A inadimplência foi o argumento usado no ano passado para o reajuste médio de 10% das mensalidades. Dessa vez, a carga tributária é apontada como principal vilão.
Segundo João Alberto de Andrade Velloso, diretor regional do Sieeesp, 46% da arrecadação total de uma escola de médio porte é destinada a pagamento de impostos.
Já Benjamin Ribeiro da Silva, presidente do sindicato, afirma que o reajuste não deve ser extrapolado porque há concorrência.
Jornal Floripa
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