Professores, funcionários e estudantes estão
parados desde o fim de maio.
Em reunião nesta terça, demanda sobre reajuste salarial ficou fora da pauta.
Terminou em mais
um impasse a reunião de negociação desta quarta-feira (16) entre o Conselho de
Reitores das Universidades Estaduais Paulistas (Cruesp) e os sindicatos de
professores e funcionarios das universidades de São Paulo (USP), Estadual de
Campinas (Unicamp) e Estadual Paulista (Unesp). Assim como na reunião anterior,
do dia 3 de julho, não houve avanço na negociação da principal demanda dos
docentes e técnicos-administrativos: a discussão sobre o reajuste salarial.
A professora
Marilza Vieira Cunha Rudge, reitora da Unesp e atual presidente do Cruesp,
divulgou comunicado após a reunião afirmando que "foram discutidos,
conforme anteriormente estabelecido, outros itens da pauta unificada, que não
dissídio [o reajuste]". Os reitores defendem que essa discussão seja feita
só nos meses de setembro e outubro.
Arrecadação na
USP abaixo do esperado
Na segunda-feira (14), o reitor da USP, Marco Antonio Zago, divulgou um informe no qual diz que a arrecadação do ICMS foi menor do que a esperada no primeiro semestre do ano –o argumento dos reitores para o reajuste zero é que a folha de pagamento compromete o orçamento e, sem um aumento na arrecadação, é impossível manter os gastos atuais. Segundo a nota da instituição, o crescimento da arrecadação no segundo semestre precisa ser de 13,8% para que o orçamento da USP para 2014 alcance o volume esperado (de R$ 4,6 bilhões). Mas, de acordo com o reitor, no primeiro semestre a arrecadação cresceu 5,3% em relação ao mesmo período de 2013. A expectativa, segundo ele, é que esse montante chegasse a mais de 9%.
Na segunda-feira (14), o reitor da USP, Marco Antonio Zago, divulgou um informe no qual diz que a arrecadação do ICMS foi menor do que a esperada no primeiro semestre do ano –o argumento dos reitores para o reajuste zero é que a folha de pagamento compromete o orçamento e, sem um aumento na arrecadação, é impossível manter os gastos atuais. Segundo a nota da instituição, o crescimento da arrecadação no segundo semestre precisa ser de 13,8% para que o orçamento da USP para 2014 alcance o volume esperado (de R$ 4,6 bilhões). Mas, de acordo com o reitor, no primeiro semestre a arrecadação cresceu 5,3% em relação ao mesmo período de 2013. A expectativa, segundo ele, é que esse montante chegasse a mais de 9%.
Na terça-feira
(15), na assembleia geral permanente da Associação dos Docentes da USP (Adusp),
os professores decidiram manter a paralisação. Segundo a assessoria de imprensa
da Adusp, a manutenção da greve foi defendida pela ampla maioria, com quatro abstenções
e um voto pelo fim do protesto.
Os docentes
tentam pressionar a negociação do reajuste retendo as notas dos alunos no
primeiro semestre. A Adusp afirma que em cinco unidades a maioria das notas
ainda não foram lançadas no sistema da USP: Instituto de Matemática e
Estatística (IME), na Escola Superior Luis de Queirós (Esalq), na Faculdade de
Arquitetura e Urbanismo (FAU), no Instituto de Psicologia (IP) e na Faculdade
de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH).
Na Unicamp, a
greve foi parar na Justiça: uma liminar concedida à reitoria e contra o
Sindicato dos Trabalhadores da Unicamp (STU) proibiu os grevistas de bloquearem
salas e departamentos do Hospital de Clínicas da Unicamp. A entidade já entrou com recurso.
Na Unesp,
professores e funcionários seguem mobilizados. No campus de Presidente
Prudente, a última assembleia,
do dia 11 de julho, terminou com decisão favorável à manutenção da greve.
Entenda a greve
nas universidades paulistas
As greves começaram após o Cruesp decidir, em 21 de maio, pelo reajuste zero nos salários de professores e funcionários das três universidades paulistas. O Cruesp afirmou, na ocasião, que o congelamento foi necessário por conta dos níveis de comprometimento do orçamento com a folha de pagamento. A proposta de discutir esse reajuste só em setembro é rejeitada pelas categorias, que também pedem uma maior transparência no controle dos gastos das três instituições paulistas.
As greves começaram após o Cruesp decidir, em 21 de maio, pelo reajuste zero nos salários de professores e funcionários das três universidades paulistas. O Cruesp afirmou, na ocasião, que o congelamento foi necessário por conta dos níveis de comprometimento do orçamento com a folha de pagamento. A proposta de discutir esse reajuste só em setembro é rejeitada pelas categorias, que também pedem uma maior transparência no controle dos gastos das três instituições paulistas.
Segundo a
Associação de Docentes da USP (Adusp), um dos problemas que afeta o orçamento
das universidades paulistas é a interpretação desse artigo, que fala sobre as
unidades orçamentárias da administração. As universidades devem receber, por
lei, 9,57% da arrecadação do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços
(ICMS) do estado de São Paulo. Em artigo publicado no fim de junho, a Adusp diz
que o governo calcula esse valor a partir de uma base total menor, o que
acarreta em uma redução do montante destinado às três instituições.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Deixe aqui seu comentário.