quinta-feira, 26 de fevereiro de 2015

Caminhoneiros liberam Raposo Tavares na região de Assis

Paralisação formou 6 km de congestionamento; este é o 2º dia de protesto.
Na quarta-feira (25), manifestantes só liberaram a pista após oito horas.


Caminhoneiros interditaram uma das faixas nos dois sentidos  (Foto: Guilherme Tavares/ TV TEM)
Caminhoneiros interditaram uma das faixas nos dois sentidos (Foto: Guilherme Tavares/ TV TEM)

O grupo de caminhoneiros da região de Assis (SP) que interditou pelo segundo dia seguido parte da rodovia Raposo Tavares (SP-270), no quilômetro 426, entre Cândido Mota e Palmital, liberou as pistas por volta das 15h. A decisão foi tomada após acordo com a Polícia Militar Rodoviária como medida de segurança. A retenção de veículos, que começou por volta das 7h40, ocupava uma das faixas da via nos dois sentidos e chegou a formar seis quilômetros de congestionamento nesta quinta-feira (26).

Segundo a polícia, uma reunião foi marcada para a manhã desta sexta-feira (27) entre os manifestantes e a PMR para decidirem os próximos passos das manifestações com segurança. A Polícia Rodoviária acompanhou os manifestantes e o protesto foi pacífico. O trânsito fluiu apenas pelas faixas da esquerda nos dois sentidos. Os carros de passeio, ambulância e caminhões com cargas vivas foram liberados. Um caminhão que carregava cilindros oxigênio para Santa Casa de Paraguaçu Paulista também foi liberado.

O grupo integra o movimento nacional de caminhoneiros que já chegou a interditar rodovias em pelo menos 13 estados desde o começo da semana. No entanto, em Assis, o grupo afirma que não tem ligação com o sindicato da categoria, é formado por motoristas autônomos.

Eles pedem, entre outras reivindicações, o aumento do valor do frete e redução do preço do combustível e das tarifas de pedágio.

O grupo também reclama da atuação do sindicato da categoria em Assis. Eles afirmam que o acordo entre o governo e os sindicatos nacionais da categoria, feito ontem à noite, não resolve a situação deles e por isso estão mantendo o bloqueio. Sobre as críticas dos caminhoneiros, o Sindicato das Empresas de Transporte de Carga de Assis e região informou que vem reivindicando junto ao governo a redução do óleo diesel, pedágios e IPI sobre pneus agrícolas e de transporte de carga.

Primeiro dia
Na quarta-feira, os caminhoneiros tentaram interditar a rodovia por completo no km 433 entre Assis e Cândido Mota, mas foram impedidos pela Polícia Rodoviária. A manifestação durou cerca de 8 horas e apesar de pacífica registrou alguns incidentes. Um casal que seguia em um caminhão foi impedido de continuar a viagem e chegou a discutir com os manifestantes.

Uma mulher grávida de 8 meses também foi impedida de seguir viagem com o marido caminhoneiro. Ela começou a passar mal e os policiais rodoviários tiveram que negociar com os manifestantes para levá-la para casa em uma viatura. As faixas interditas foram liberadas por volta das 17 horas de ontem.

Bloqueios no país
A Advocacia-Geral da União protocolou ações na Justiça Federal dos estados para o desbloqueio das rodovias.

No estado de o Paulo, o juiz Bruno César Lorencini fixou multa de R$ 50 mil por hora de descumprimento para o sindicato de empresas de logística, além de multa de R$ 100 para cada manifestante que não desbloquear a rodovia.

Os bloqueios nas estradas têm causado desabastecimento de produtos em alguns estados do país, principalmente da região Sul.

Caminhoneiros pedem redução do combustível e pedágios, entre outras coisas  (Foto: Reprodução / TV TEM)
Caminhoneiros pedem redução do combustível e pedágios, entre outras coisas (Foto: Reprodução / TV TEM)

Fonte: Do G1 Bauru e Marília

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