sexta-feira, 8 de agosto de 2014

Vereadores aprovam bolsa auxílio a médicos estrangeiros

Após amplo debate, foi aprovado em segunda discussão o projeto de lei que autoriza o Poder Executivo a conceder Auxílio-Moradia, Auxílio-Alimentação e Auxílio-Transporte aos médicos intercambistas vinculados ao Programa Mais Médicos.

As bolsas serão pagas pela Prefeitura de Sorocaba e totalizam R$ 3.138,60, divididos da seguinte forma: R$ 2.500,00 (auxílio-moradia), R$ 500,00 (auxílio-alimentação) e R$ 138,60 (auxílio-transporte). O projeto foi aprovado com votos contrários de Marinho Marte (PPS) e José Francisco Martinez (PSDB).

Marinho informou que foi procurado por médicos da Rede Municipal de Saúde indignados com a proposta - uma exigência do Governo Federal dentro do programa - pois estes profissionais passariam a receber um valor bem mais alto que os da rede. "Não me sinto política e eticamente à vontade para aprovar o custeio de moradia e transporte para os médicos de fora", afirmou. Marinho ressaltou que o projeto é de autoria do prefeito, mas é de iniciativa do convênio federal.

Em seguida o vereador Francisco França (PT) defendeu o projeto destacando a importância do Programa Mais Médicos para a saúde pública, citando bairros da periferia atendidos em Sorocaba por esses profissionais. França também afirmou que havia regras claras para adesão do município, o que está sendo cumprindo com o projeto do prefeito. O vereador também contestou que o gasto seja maior que com os médicos estrangeiros.

Já o vereador Izídio de Brito (PT) disse que o programa vem suprir a falta de médicos no país e que o investimento é relativamente barato para garantir o número necessário de profissionais que não foram atingidos por concurso, concordando que falta motivação para os médicos locais e que há carências no plano de carreira na profissão.

Martinez lembrou que o salário inicial dos médicos em Sorocaba é menor que a mensalidade da faculdade de medicina, destacando ainda que o Governo Federal paga um valor muito baixo para a residência médica, além de não haver ajuda de custo para aqueles lugares distantes e mais carentes de médicos. "Enquanto nós não valorizarmos o profissional brasileiro, vamos continuar nesta situação", afirmou.

Anselmo Neto (PP) criticou mudanças da atual administração na área de Saúde que acabou por afastar alguns profissionais e disse que é a favor do projeto, pois faltam médicos nos postos de saúde. Da mesma forma, o vereador Fernando Dini (PMDB) afirmou que não concorda com o projeto em sua plenitude, mas não vislumbra outra solução imediata. O posicionamento foi compartilhado por outros parlamentares. O projeto foi aprovado com duas emendas adequativas da Comissão de Justiça.


Fonte: Cruzeiro do Sul

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