sexta-feira, 22 de agosto de 2014

Número de roubos no transporte coletivo cresce 54% em Campinas

Cobradores serão retirados dos ônibus em outubro para reduzir assaltos.
Bairros com mais ocorrências mudaram entre maio e julho deste ano.


O número de assaltos em ônibus de Campinas (SP) aumentou 54% nos primeiros sete meses do ano em relação a 2013. Foram 322 roubos de janeiro a julho, contra 209 no mesmo período, de acordo com a Associação das Empresas de Transporte Urbano da cidade (Transurc). Uma média de três casos a cada dois dias. O valor levado em dinheiro nos assaltos também aumentou. Passou de R$ 16.768,04 nos primeiros sete meses de 2013 para R$ 25.616,80 este ano.

Em julho, a Secretaria de Transportes anunciou a "extinção" dos cobradores de ônibus e o fim da circulação de cédulas e moedas no transporte público a partir de 1º de outubro. A medida visa reduzir a incidência de assaltos nos coletivos.

Além do crescimento nos registros de roubos, o levantamento feito pela entidade mostra uma mudança nos bairros onde a atuação dos ladrões é maior. Das localidades que tiveram mais ocorrências em maio, somente duas se repetiram na lista dos criminosos em julho.

O transporte coletivo sofreu 70 assaltos no último mês de julho na cidade, contra 21 no ano passado. Os bairros mais afetados foram Parque Via Norte, Jardim do Trevo, Jardim Santa Letícia, Jardim Aeroporto, Ouro Verde, Parque São Jorge, Jardim Florence, Jardim Icaraí, Jardim Ouro Preto, Jardim São Marcos e Parque Itajaí. Estes dois últimos são os únicos bairros que também foram alvo de criminosos nos ônibus em maio deste ano.


Câmera de monitoramento de ônibus flagra assalto em Campinas. (Foto: Vanderlei Duarte / EPTV)
Câmera de monitoramento de ônibus flagra assalto
em Campinas. (Foto: Vanderlei Duarte / EPTV)
Ação rápida
Os roubos têm sido registrados pelas câmeras de monitoramento dos ônibus, que não têm sido suficientes para inibir a ação dos ladrões. Os criminosos agem rápido, entram no veículo como se fossem passageiros normais, pegam o dinheiro e saem. Para o especialista em segurança Wladimir Ribeiro, essa violência está relacionada ao uso de drogas. "É um dinheiro fácil. E para o drogado, ele precisa imediatamente de dinheiro para comprar a sua droga", explica.

O motorista Cristiano de Sousa Santos, que já sofreu quatro assaltos, também percebe que os ladrões são usuários de entorpecentes. "Na verdade o ônibus é uma espécie de caixa eletrônico pra dependente químico", diz.

Fonte: G1 Campinas e Região

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