quinta-feira, 7 de julho de 2011

Veto ao SUS em Santa Casa de Ribeirão Preto (SP) afetará 3.500

Médicos do hospital anunciaram na última sexta-feira que não atenderão mais procedimentos e consultas eletivas (não urgentes) a partir do próximo dia 29.

A Santa Casa de Ribeirão Preto (313 km de São Paulo) estima que a interrupção dos atendimentos do SUS (Sistema Único de Saúde) possa afetar ao menos 3.500 pacientes por mês. 

O objetivo da suspensão é pressionar a prefeitura a repassar R$ 380 mil referentes aos atendimentos de maio.

Segundo a superintendente do hospital, Eliana Fogaça, a prefeitura deve um total de R$ 3 milhões para a Santa Casa. O valor corresponde a repasses do convênio para atendimento do SUS e a internações de procedimentos de 2009 a 2011.

"Os médicos estão sem receber desde abril. Buscamos agenda com a prefeita para equacionar o problema durante três meses, mas não conseguimos", diz Eliana.

Dos 248 leitos da Santa Casa, 70% são destinados ao atendimento via SUS -o restante é de convênios particulares. O hospital atende 1,3 milhão de pacientes de Ribeirão e da região.

Segundo a superintendente, o aviso sobre a paralisação dos atendimentos foi protocolado na prefeitura na última sexta, mas, até ontem, a administração não havia se manifestado sobre a questão.

Representantes da Santa Casa devem se reunir hoje com o ministro Alexandre Padilha (Saúde), em Brasília, para pedir complementação de repasses.

A Secretaria da Saúde informou, por meio de nota, que os repasses do SUS seguem ordem cronológica estabelecida por lei e que a indignação dos médicos é com a direção da Santa Casa e não com a prefeitura.

Ainda segundo a pasta, a Santa Casa deve aos cofres municipais R$ 7 milhões pelo recolhimento do lixo hospitalar. Na nota, a prefeitura disse "estranhar" o fato de o hospital buscar a imprensa antes de conversar com administração municipal.

Segundo Eliana Fogaça, a Santa Casa não nega que deve à prefeitura pelo recolhimento do lixo, mas questiona o valor informado pela administração. "O valor é de cerca de R$ 5 milhões referentes ao período entre 2000 e 2007", afirma.

Do Jornal Floripa

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