sexta-feira, 8 de julho de 2011

Em Campinas, passarela esquecida é abrigo do crack

Vigas doadas em 2008 pela AutoBAn e abandonadas na Prestes Maia são usadas por morador de rua
Estruturas de concreto abandonadas às margens da Avenida Prestes Maia desde 2008: restos de comida, roupas, lixo e cachimbos de crack
(Foto: Érica Dezonne/AAN)

As cinco vigas doadas em junho de 2008 à Prefeitura de Campinas pela concessionária AutoBAn, que administra o sistema Anhanguera-Bandeirantes, para a construção de uma passarela de pedestre, continuam abandonas às margens da Avenida Prestes Maia, na Praça Luiz Pereira da Cruz, no Parque Itália. As estruturas, que somadas valem em torno de R$ 1,5 milhão, agora ganharam uma nova destinação: estão servindo de abrigo para moradores de rua e usuários de droga. Embaixo das vigas a reportagem encontrou restos de comida, cobertores, lixo e até cachimbos usados por viciados em crack. 

A estrutura deveria ter sido utilizada na construção de uma passarela no local - que possui um intenso movimento de veículos e pedestres - até janeiro de 2011, o que não ocorreu. A assessoria de imprensa da Secretaria de Infraestrutura afirmou que as vigas serão divididas para a construção de duas passarelas na mesma região. Uma no local (Avenida Prestes Maia) e a outra em frente ao Hospital Municipal Mário Gatti. De acordo com a assessoria da secretaria, ainda não há data para o início das obras. Existe, por enquanto, apenas um estudo para a construção. 

A secretaria ainda informou que até o início do segundo semestre irá abrir processo licitatório para escolha da empresa que fará a obra. Esta é a segunda mudança de planos que a Prefeitura anuncia para as vigas em menos de três meses. Em março quando questionada pela reportagem do Correio, a administração municipal informou que a estrutura doada seria utilizada na região do Campo Grande e que a retirada das vigas do local aconteceria ainda este ano. 

A Prestes Maia tem um fluxo de 55 mil veículos por dia, é uma das principais entradas da cidade e faz a ligação com as rodovias Anhanguera e Santos Dumont. No ponto onde já deveria ter sido construída a passarela, o movimento de pedestres atravessando a via é intenso. Muitos fazem a travessia com dificuldade devido à alta velocidade dos veículos. 'Tem que ser esperto e correr. Os motoristas passam muito rápido neste trecho que é uma curva. É um perigo' , disse a enfermeira Marcela Baldini de 35 anos. A mulher passa diariamente no local e diz que costuma atravessar a rua com grupo de pessoas. 'Assim fica mais fácil para os motoristas nos enxergarem'.

Luciana Felix - Agência Anhangüera de Notícias

Um comentário:

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