Setor produtivo teme que o andamento de serviços públicos possa ser afetado a partir desta semana
Grupo RAC
Na segunda-feira (23), quando 11 pessoas estavam presas e nove foragidas e o núcleo central de poder municipal abalado, o prefeito Hélio de Oliveira Santos (PDT) reuniu seu secretariado para dizer que a Prefeitura, apesar da crise instalada, não podia parar e pediu que todos continuassem trabalhando.
Mas, lentamente, a Prefeitura está parando. Reuniões estão sendo adiadas, eventos cancelados e a cidade, chocada com o escândalo do suposto esquema de corrupção na Prefeitura de Campinas e na Sociedade de Abastecimento de Água e Saneamento S.A. (Sanasa), teme agora que uma paralisia nos serviços deixe a população desassistida.
O prefeito, que nos próximos 90 dias será submetido a uma comissão processante que poderá cassar seu mandato, continua despachando no 4º andar. Mas deixou de cumprir uma rotina de visita às obras, de participação em eventos e cancelou as aparições públicas.
“Hoje não temos mais uma agenda pública. Há uma parada cardíaca na Prefeitura”, constatou o vereador Luis Yabiku (PDT), que integra a base de apoio ao governo na Câmara. Na tentativa de estabelecer uma agenda positiva, o pedetista aproveitou a instalação de um semáforo no Jardim Chapadão para inaugurá-lo, na companhia dos vereadores José Carlos Silva (PDT) e Josias Lech (PT).
Na última quinta-feira, a reunião do Conselho de Defesa do Patrimônio Cultural de Campinas (Condepacc) que iria deliberar sobre o tombamento ou não no Estádio Moisés Lucarelli, foi cancelada. Oficialmente, o motivo é que o tema exigia mais análises, mas conselheiros contaram que não houve clima para a reunião. “As pessoas se sentem constrangidas e quem trabalha na Prefeitura se sente acuado, tendo que dar explicações de coisas que desconheciam”, comentou um conselheiro.
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