Mulheres do MST realizam mobilizações em São Paulo

Desde o início desta sexta-feira (25), várias mulheres do MST, realizam ato de

denúncia e reivindicação na frente da Prefeitura de Limeira, proximo da Campinas. O ato faz parte da jornada de lutas estaduais.

As mulheres se reuniram numa mística onde uma frente encenou o parto de alimentos e outra o parto de lixo. Distribuiram panfletose e fizeram denuncias em carro de som, sobre a situação do pré-assentamento Elizabeth Teixeira, que ainda não foi regulamentado por interesses escusos do prefeito Sílvio Félix.

O prefeito mantém um lixão a céu aberto ao lado do pré-assentamento, em área de preservação ambiental (horto florestal) e vem fazendo de tudo para que a justiça de Limeira não regularize o assentamento. Enquanto isso, os trabalhadores Sem Terra resistem na área, tentando produzir alimentos e ao mesmo tempo sendo obrigados a conviver com o lixo e poluição, além de não ter direitos assegurados como uso do SUS - Sistema Único de Saúde, energia elétrica, transporte e educação para seus filhos.

As mulheres permanecerão na frente da prefeitura denunciando os abusos do governo de Limeira e reivindicando a regularização do assentamento até que o prefeito receba a pauta de reivindicações.

O pré-assentamento Elizabeth Teixeira quer plantar alimentos e preservar o horto, enquanto o prefeito de Limeira quer fazer da área um lixão! Não podemos ser coniventes com isso!

NÃO COMEMOS LIXO! QUEREMOS TERRA E ÁGUA LIMPA PARA PLANTAR

E COLHER VIDA!!!!

MULHERES UNIDAS NA LUTA E NA VIDA!!!!

Mulheres do MST realizam mobilização em prefeitura, no Sudoeste de SP

Na madrugada da última quinta-feira (24), cerca de 70 mulheres do MST e da Via Campesina realizaram a ocupação da prefeitura do município de Apiaí, localizado na região Sudoeste de São Paulo.

As camponesas reivindicam uma audiência com o prefeito do município, para discutir o acesso aos direitos básicos como: saúde, educação, moradia, transporte e saneamento básico, que vendo sendo negados pelo município ás famílias acampadas.

O assentamento Professor Luiz David de Macedo está organizado na região desde 2004, mas só passou a ser reconhecido, pelos órgãos públicos responsáveis pela reforma Agrária, em 2006.

Nos últimos dois anos foram feitas várias articulações junto ao governo federal, Incra – Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária e poderes locais como, a CETESB - Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental, prefeitura municipal e a empresa responsável pela eletrificação-ELEKTRO. Porém muitos dos compromissos não foram cumpridos e a situação continua complicada, pois o acesso aos direitos básicos estão sendo negados as famílias Sem Terra.

As mulheres prometem permanecer mobilizadas até que sejam atendidas pela prefeitura.

Carta das Mulheres Sem Terra

Para: Sociedade de Apiaí

Nós mulheres Sem Terra dos assentamentos da Fazenda Pirituba Itaberá, Itapeva, Apiaí e acampamento de Riversul, gostaríamos de saudar toda população de Apiaí e denunciar publicamente o descaso com que vem sendo tratado as famílias neste município.

O assentamento Professor Luiz David de Macedo está organizado na região desde o ano de 2004, sendo que o assentamento somente em 2006 foi reconhecido pelos órgãos públicos responsáveis pela reforma Agrária. Desde então as famílias vêm buscando sobreviver da terra através da produção e tentando acessar os direitos básicos como: saúde, educação, moradia, transporte e saneamento básico.

Nos últimos dois anos foram feitas várias articulações com os órgãos responsáveis sendo eles do governo federal representado pelo Incra e poderes locais como Cetesb, prefeitura e Elektro porém, muitos dos compromissos não foram cumpridos e hoje a situação está complicada, pois direitos básicos estão sendo negados a essas famílias.

Por isso cobramos o que nos é de direito, enquanto cidadãos deste município, pedimos que os responsáveis pelas políticas públicas nos atendam e respondam as nossas necessidades, que já foram apresentadas há mais de anos e ainda não foram cumpridas.