Para Eurípedes Alcântara, diretor de Redação da Revista Veja
Prezado senhor,Em referência às minhas declarações publicadas no texto da edição desta semana, com o título “Pra quebrar tudo é mais caro”, é necessário que se façam as seguintes correções, para que se respeite o contexto da entrevista que dei a Veja, de boa fé.A frase publicada foi tirada do contexto em que me referia aos fatos específicos enfrentados pelo Sindicato dos Comerciários de São Paulo, que teve problemas com um grupo ligado aos vigilantes de São Paulo, que após ter perdido a eleição tentaram dividir a base do nosso sindicato, com métodos que repudiamos. Também me referi a uma mesma tentativa feita por outro grupo que se apresentava como tendo ligações com os trabalhadores de material de construção, que também preferiram adotar práticas que consideramos anárquicas e ilegais, mesmo quando alegam que adotam a Portaria 186, que regula a criação de entidades sindicais, adotam práticas, como afirmei à reportagem, que se apóiam na violência e na anarquia.Infelizmente, a Revista Veja aproveitou minha frase para confirmar um ataque ao sindicalismo brasileiro em geral e, especialmente, às centrais sindicais. E é exatamente por estas atitudes da Veja, que a UGT e as demais centrais sindicais se reuniram na última semana, em nossa sede, para colocar em pauta no Congresso Nacional a democratização dos meios de comunicação.Não aceitamos que reportagens como a publicada pela revista criminalizem, sem uma ampla discussão e com pleno direito de defesa, o movimento sindical e as centrais sindicais, entidades reconhecidas pelo Estado brasileiro. Partindo de exemplos isolados, que todos repudiamos, e tirando do contexto nossas afirmações para justificar as manipulações editoriais da Revista Veja.Esperamos que mesmos previamente condenados pela Revista Veja, que tenhamos esta carta publicada.Ricardo Patah, presidente da UGT
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