quinta-feira, 21 de novembro de 2013

Unicamp isola biotério para impedir que ativistas 'resgatem' cobaias

Reforço na segurança foi feito com vigias e também com cones na área.
Segundo a instituição, medida ocorreu após ameaças em redes sociais.

Ativistas protestam contra maus-tratos aos animais no Centro de Campinas (Foto: Anaísa Catucci/G1) 
Ativistas protestam contra maus-tratos aos animais em Campinas (Foto: Anaísa Catucci/G1)

A Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) reforçou a segurança no biotério, onde os animais são criados e mantidos para pesquisas científicas, por conta de ameaças de invasão de ativistas que pretendem “resgatar” os ratos usados como cobaias. Nas mediações do Centro Multidisciplinar para Investigação Biológica (Cemib), foram colocados cones para isolar as vias de acesso e dois vigias do campus foram deslocados para fazer a vigilância e o monitoramento do local desde o início da semana.

Segundo a instituição, foi identificada uma mobilização via redes sociais de grupos de defesa dos direitos dos animais para realizar um protesto para invadir o centro e liberar os camundongos do laboratório. “A medida adotada ocorreu para evitar depredação do patrimônio público”, afirma nota oficial da Unicamp.
De acordo com a universidade, todos os protocolos de ensino, pesquisa e extensão que utilizam animais vivos são submetidos à avaliação da Comissão de Ética no Uso de Animais (Ceua) antes da realização e contemplam os princípios de bem estar animal, redução no número de animais utilizados.  O Cemib presta serviços tanto para a universidade quanto para instituições externas nacionais e internacionais.

Nas redes sociais, perfis de ONGs e até mesmo a criação de um evento para o ato mostram o interesse em fazer um protesto previsto para o sábado (23) em defesa dos animais e contra o uso nos experimentos de pesquisa e estudos. As postagens nas páginas dos grupos relacionam o ato com as manifestações que ocorreram no Instituto Royal, em São Roque (SP), envolvendo os cães da raça beagle e os roedores.
Na semana passada, ativistas fizeram um protesto na Pontifícia Universidade Católica de Campinas (PUC-Campinas), na Avenida John Boy Dunlop, contra o uso de animais em aulas na área de saúde. Na ocasião, não houve invasão da instituição como ocorreu no mês passado, quando um grupo interrompeu uma aula prática no curso de medicina que usavam cinco porcos para fazer a técnica de traqueostomia. Outra ação foi feita no Centro nesta quarta-feira (20), em que uma das participantes chegou a marcar a pele com ferro quente.

Fonte: G1 Campinas e Região

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