quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

Ribeirão Preto: TRT determina o fim da greve dos médicos do HC, após 169 dias

Assembleia entre os profissionais está marcada para esta quinta-feira (15)

O Tribunal Regional do Trabalho (TRT) decidiu nesta quarta-feira (14) que os médicos assistentes do Hospital das Clínicas de Ribeirão Preto (HC-RP), em greve desde o dia 29 de junho - 169 dias -, devem retornar ao trabalho. De acordo com o último levantamento da direção do HC-RP, divulgado no último dia 5, a greve comprometeu a realização de três mil cirurgias eletivas – aquelas que não são consideradas de urgência. Os exames laboratoriais e as consultas não foram afetados, segundo a direção do HC.

Apesar da decisão judicial, os médicos ainda não decidiram se encerrarão a greve. Uma assembleia foi marcada para esta quinta-feira (15), às 19h, na Unidade de Emergência do Hospital das Clínicas. Por enquanto, o TRT não determinou uma punição caso os médicos continuem de braços cruzados.

Além de retornar ao trabalho, o TRT decidiu que os médicos deverão receber todo o valor que foi descontado durante o período de greve, e que eles terão que repor 50% das horas não trabalhadas.

Greve legítima
Os desembargadores do TRT consideraram o movimento grevista legítimo. Porém, o tribunal julgou que a população não pode ficar sem atendimento e que, portanto, os trabalhos devem ser normalizados assim que a decisão for publicada.

Segundo Daniel Rondi, advogado dos médicos assistentes, a legalidade da greve foi uma grande vitória do movimento. “A desembargadora disse que o governo precisa propor soluções concretas e viáveis para a melhoria da saúde. Caso contrário, os médicos poderão entrar em greve novamente”, comentou.

Equiparação salarial
Os médicos assistentes do HC entraram em greve no dia 29 de junho reivindicando uma equiparação salarial com colegas de outros hospitais estaduais. Porém, no decorrer da greve, os médicos desistiram da proposta e aceitaram encerrar o movimento caso as horas descontadas nos cinco meses e meio de greve fossem reembolsadas. Além disso, os médicos solicitaram a suspensão de uma portaria que determina a sindicância do comportamento de médicos grevistas.

Durante a greve, o superintendente do hospital Marcos Felipe de Sá, chegou a afirmar que o movimento tinha perdido a força. “Temos um grupo muito restrito de médicos que insistem nas faltas, mas o HC está descontando as horas não trabalhadas”.

EPTV.com - Cleber Akamine

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