quarta-feira, 31 de agosto de 2011

Ribeirão Preto: Oliveira Jr chega atrasado e deixa audiência sem ouvir policiais

Delegada confirmou que vereador chamou os PMs de canalhas

O vereador Oliveira Junior (PSC) chegou atrasado e se recusou a permanecer na audiência da Comissão Processante (CP) realizada nesta terça-feira (30), em Ribeirão Preto, em que foram ouvidas mais cinco testemunhas de acusação, especificamente dos casos de desacato e dirigir alcoolizado.

O primeiro a ser ouvido foi o médico legista, responsável por examinar o vereador na noite em que ele foi detido por direção perigosa. Sem entrar em detalhes, o médico apenas confirmou a suspeita de dirigir alcoolizado por meio de um exame clínico – o vereador se recusou a fazer o exame de sangue e o teste do bafômetro.

A delegada que estava no plantão policial Mônica Lombardi, segunda a depor aos membros da CP, confirmou que ouviu a ofensa dita pelo vereador. “Eu ouvi ele dizendo ‘vocês são todos canalhas’”, disse.

Pouco depois, ao ouvir o escrivão que também estava no 1º Distrito Policial onde foi feita a ocorrência, Oliveira Junior avisou a mesa diretora que estava se retirando. “Estou comunicando, inclusive em respeito à comissão, que vou me retirar. Eu não estou dizendo nada da comissão. Estou dizendo que nos depoimentos tem uma novela escrita ato por ato, e eu não vou participar. Eu não tenho cara pra galã. Peço permissão para me retirar”, disse antes de sair da sala.

Por fim, os policiais militares confirmaram que o vereador foi visto dirigindo em zigue-zague na Avenida Francisco Junqueira. “Ele subiu na calçada, saiu, foi do outro lado da via. Voltou fazendo zigue-zague. Demos sinal para que ele parasse, mas ele não parou”, comentou o policial militar Lucas Cavalcante, que ouviu o vereador pedindo ao assessor que assumisse a responsabilidade.

De acordo com o presidente da Comissão Processante Capela Novas (PPS), os depoimentos desta terça-feira (30) comprovaram o desacato. “Percebe-se que ela foi bem fortalecida com a presença dos policiais militares, da delegada, do médico e do escrivão. Temos provas robustas. Mas ainda há alguma prova para fortalecer, e eu acredito que com a oitiva das outras testemunhas nós teremos os três fatos apurados”, disse.

EPTV

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