Funcionários da Replan participam de ato em Paulínia pela greve dos petroleiros (Foto: Sindipetro Unificado) |
Cerca de 100 trabalhadores da refinaria da Petrobras em Paulínia (SP), a
Replan, participaram de um ato pacífico na manhã desta terça-feira (3) na
unidade, segundo o Sindicato Unificado dos Petroleiros de SP (Sindipetro
Unificado). A greve nacional da categoria começou no domingo (1º) e
completa três dias. Nesta segunda (2), funcionários foram liberados após 31 horas sem troca de turno. Alguns ônibus já
chegaram vazios na Replan nesta terça.
Segundo o sindicato, o ato começou por volta das 8h para conscientizar
principalmente os funcionários do setor administrativo, que voltariam ao
trabalho nesta terça, pós feriado. Apenas um grupo de trabalhadores decidiu que
entraria para trabalhar e uma negociação foi feita durante a manhã entre o
sindicato e a gerência da refinaria.
Os funcionários entrariam somente se sindicalistas também fossem
autorizados a acompanhar e, assim, poderiam fazer uma avaliação da situação
interna, em cada setor da refinaria. Até as 11h desta terça o resultado da
negociação não havia sido divulgado.
Viaturas da Polícia Militar foram deslocadas para o local por conta da
movimentação, que ocorreu de forma tranquila, segundo a corporação.
Crítica à contingência
Nesta segunda-feira (2), após 31 horas, cerca de 70 trabalhadores que entraram no
turno das 7h de domingo foram liberados. No lugar deles, uma equipe
de contingência definida pela Replan assumiu os trabalhos, mas o número de
profissionais não seria suficiente, segundo o sindicato.
O grupo é formado por supervisores, gerentes, engenheiros e
trabalhadores do setor de manutenção. A preocupação do sindicato é que esses
profissionais não fazem parte do dia a dia operacional e que a decisão
representa um risco. A entidade informou que tentou negociar, sem
sucesso, que o próprio sindicato definisse uma equipe com mais experiência para
fazer a troca de turno.
Greve por tempo indeterminado
A Replan entrou em greve neste domingo (1º) e o movimento faz parte da
greve nacional dos petroleiros, que é por tempo indeterminado.
Os profissionais são contra a privatização na Petrobras, pedem a
manutenção dos empregos e a garantia de condições seguras no trabalho.
Por nota enviada nesta segunda (2), a Petrobras informou que está
"avaliando os impactos das mobilizações dos sindicatos. As equipes de
contingência da empresa foram acionadas e estão operando as unidades".
A companhia também ressaltou que está tomando as medidas necessárias
para manter a produção e o abastecimento do mercado, garantindo a segurança dos
trabalhadores e das instalações.
Replan, em Paulínia, aderiu à greve nacional dos petroleiros (Foto: Sindipetro Unificado) |
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