quinta-feira, 28 de outubro de 2010

Metalúrgicos na luta pelo aumento real em Sertãozinho


Diante da intransigência dos grupos patronais nas negociações da Campanha Salarial 2010, a Federação dos Metalúrgicos do Estado de São Paulo e a Central Força Sindical, com o apoio da CNTM, paralisaram nesta quarta-feira, 27 de outubro, em Sertãozinho-SP e região, 20 fábricas com cerca de 10 mil trabalhadores. A data-base da categoria é 1º de novembro.

A Federação, que congrega 54 sindicatos e representa cerca de 800 mil trabalhadores, juntamente com a Força Sindical, mobilizou 400 dirigentes sindicais de todo Estado de São Paulo na luta por aumento real decente e ratificação de cláusulas importantes da pauta de reivindicações como a obrigatoriedade de negociação da PLR (Participação nos Lucros e/ou Resultados), o combate à terceirização e a garantia de emprego ao trabalhador acidentado, entre outras não menos importantes cláusulas.

"Exigimos um reajuste salarial decente, que seja coerente com o crescimento da economia e dos lucros das empresas, senão vamos fazer greve em todo o Estado de São Paulo", ressalta Cláudio Magrão, presidente da Federação.

A luta da Federação foi reforçada e ampliada com o apoio da Força Sindical e a presença de Paulo Pereira da Silva, o Paulinho, presidente da central. "Trabalhador não é bobo. Se a classe patronal vier com proposta de aumento real de 2,5%, vamos intensificar as paralisações e partiremos para greve geral na categoria", destaca.

Miguel Torres, presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo e Mogi das Cruzes e vice-presidente da Força Sindical, também presente à mobilização, destacou a importância histórica da categoria metalúrgica para os avanços políticos, sociais, econômicos e trabalhistas no País.

“Os metalúrgicos lutaram e ajudaram na conquista, por exemplo, do 13º salário e da redução constitucional da jornada para 44 horas semanais. E continuamos hoje como uma categoria de vanguarda nas lutas e conquistas para toda classe trabalhadora brasileira. É crucial, portanto, a intensificação da atual Campanha Salarial 2010 em busca do aumento real, por intermédio da mobilização nas portas de fábrica e nas assembleias nos Sindicatos”, reafirma Miguel Torres.
Para Josinaldo José de Barros, o Cabeça, vice-presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Guarulhos e Região, o ato em Sertãozinho é uma demonstração de força e unidade dos metalúrgicos. Ele ressalta: “Reunimos todos os Sindicatos, a Federação e a Força Sindical. Paramos as fábricas do setor de máquinas. Demos um recado à classe patronal de que exigimos proposta decente para o salário da categoria”.

Fonte: Ricardo Flaitt, Alemão Assessor de Imprensa da Federação dos Metalúrgicos do Estado de São Paulo.

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