terça-feira, 20 de julho de 2010

Força Sindical protestará contra pedágio amanhã, em SP

REJANE LIMA - Agência Estado
Constantemente criticada pelos candidatos ao Palácio dos Bandeirantes, Aloizio Mercadante (PT), e Paulo Skaf (PSB), a política de pedágios implantada pelo governo do PSDB em São Paulo também será combatida amanhã, em manifestação que a Força Sindical vai realizar na Baixada Santista, em São Paulo. Entretanto, de acordo com o com coordenador regional da Força, Hebert Passos Filho, o protesto não tem qualquer viés político e nem a intenção de prejudicar a candidatura de Geraldo Alckmin (PSDB).
"A Força não apoia ninguém. Nossos dirigentes são muito ecléticos. Eu, como pessoa, sou Alckmin, embora como coordenador da Força não defenda nenhum partido ou candidato", afirmou Passos. Embora seja filiado ao PSB, o coordenador disse não acreditar que sofrerá retaliação do partido por causa de sua declaração. "Nós vivemos em uma democracia. O tempo da vinculação extrema já passou", argumentou o sindicalista, que também preside o Sindicato dos Químicos da Baixada Santista.
Esse é o segundo protesto que a central sindical realiza no Estado contra o aumento das tarifas implementado no início do mês - na semana passada, a manifestação aconteceu em São Bernardo do Campo. Amanhã, a partir das 7h da manhã, a Força planeja reunir cerca de 100 pessoas em quatro pontos: nas praças de pedágios do Guarujá (rodovia Cônego Domenico Rangoni - antiga Piaçaguera) e de São Vicente (rodovia Padre Manoel da Nóbrega), na saída da cidade de Santos, próximo ao Posto Marilu, no bairro do Valongo, e também junto à travessia de balsas entre Santos-Guarujá, em Santos, na Ponta da Praia.
"Nesse horário, o fluxo de pessoas é maior do lado de Santos", disse Passos, lembrando que as tarifas das balsas aumentaram de R$ 7,80 para R$ 8,20 para carros de passeio e de R$ 1,90 para R$ 2,10 para pedestres. Segundo o sindicalista, o diferencial do protesto da Baixada é que não é apenas contra o aumento praticado pela concessionária, no caso a Ecovias, que administra o Sistema Anchieta imigrantes, mas também contra a própria Dersa, empresa ligada à Secretaria Estadual de Transportes que administra a travessia de balsas entre Santos e Guarujá.
"A política dos pedágios tem que mudar seja quem for eleito. Não estamos discutindo o que aconteceu, mas o que vai acontecer, queremos chamar assunto a debate. Eu não tenho dúvida que as estradas pedagiadas são melhores que as não pedagiadas, mas eu acho que o preço é excessivo. Somos contra o aumento", afirmou Passos, completando que a manifestação pretende distribuir 10 mil panfletos com o objetivo de mostrar à população que "Pedágio é imposto disfarçado". Com bandeiras e dois carros de som (um na entrada de Santos e outro na Ponta da Praia) a expectativa é que o protesto aconteça entre às 7h e às 8h30 da manhã, de forma pacífica e sem causar problemas de trânsito.

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