quinta-feira, 17 de junho de 2010

Servidores municipais aprovam estado de greve

Inaê Miranda

A paralisação dos servidores municipais de Campinas nesta quarta-feira (16/06) afetou o atendimento à população, principalmente nos setores da Saúde e da Educação. A paralisação foi parcial, mas muitas escolas ficaram fechadas e alguns centros de saúde atendiam apenas os serviços de urgência com a capacidade mínima exigida, que é de 30%. Entre as 7h e as 17h de quarta-feira (16), os servidores ficaram acampados em frente ao Paço Municipal aguardando serem recebidos pela Prefeitura. Como isso não aconteceu, em assembleia, os manifestantes decidiram decretar estado de greve e retomarão as atividades. Outra assembleia deve ser realizada na próxima sexta-feira para definir os rumos da paralisação.

Quem procurou o Centro de Saúde (CS) São José, na região Sul da cidade, encontrou dificuldades no atendimento. Cerca de 70% dos funcionários, entre técnicos de enfermagem, agentes de limpeza, agentes de saúde e médicos, aderiram à paralisação, segundo o Sindicato dos Trabalhadores no Serviço Público Municipal de Campinas. As consultas agendadas pelos pacientes e as coletas de exames ficaram suspensas.

De acordo com o médico Antônio Ângelo, coordenador do CS São José, apenas os serviços de urgência, como inalações, vacina e atendimento à gestante, estavam sendo prestados. “Estamos garantindo os 30% de atendimento”, afirmou. A dona de casa Cristina dos Santos Prado, de 26 anos, e a filha Vitória dos Santos Prado, de 6 anos, voltaram para casa decepcionadas. “Fui à escola pegar minha filha só para trazê-la à consulta com a pediatra, mas me falaram que estão paralisados e não vão atender. Aguardei quase um mês pela consulta em vão”, disse Cristina.

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