quarta-feira, 24 de março de 2010

Sindicato faz protesto pela redução da jornada de trabalho

Ato reúne cerca de quatro mil pessoas e complica o trânsito



Um protesto de cerca de três horas realizado por entidades sindicais no início da manhã desta terça-feira, 23, na alça de acesso à rodovia Senador José Ermírio de Moraes (Castelinho), reuniu cerca de quatro mil trabalhadores e provocou lentidão no trânsito do local.

A manifestação cobrava agilidade na votação da PEC 231 (Proposta de Emenda Constitucional), que reduz a jornada de trabalho de 44 para 40 horas semanais, que tramita há 14 anos no Congresso Nacional.

O coordenador da CUT (Central Única dos Trabalhadores), Evanildo Amancio, argumentou que estudos realizados pelo Dieese (Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Econômicos) demonstrou que a redução da jornada pode gerar até a 2,5 milhões de empregos.

O presidente do Sindicato dos Metalúrgicos, Ademilson Terto da Silva, disse que essa será a primeira de uma séria de manifestação previstas neste ano para pressionar dos deputados.

Empresários são contra medida


A defesa pela redução da jornada de trabalho não encontra eco nas entidades que representam o empresariado. O vice-diretor regional do Ciesp (Centro das Indústrias do Estado de São Paulo), Erly Syllos, afirma que a aprovação desse projeto poderá gerar um impacto negativo, principalmente nas pequenas empresas, que terão que arcar com custo maior na folha de pagamento.

“Os sindicatos defendem o aumento de vagas, mas as empresas não têm como contratar e muitas poderão não suportar esse custo e podem até fechar”, disse. Segundo Erly, esse não é momento para impactar ainda mais o setor produtivo.

O presidente do Sindicato dos Metalúrgicos, Ademilson Terto da Silva, argumenta que estudos já demonstraram que a redução das jornadas de trabalho representarão um aumento de pouco mais de 1% nos custos de produção.

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