segunda-feira, 6 de maio de 2013

Centro de pesquisas do Boldrini quer ser referência e custará R$ 12 milhões


'Ideia é ser exemplo nos testes de novas drogas', diz presidente do hospital.
Instituto para estudo do câncer deve começar a ser construído em 6 meses.

O Instituto de Pesquisas que será construído pelo Centro Infantil Boldrini, em Campinas (SP), hospital especializado no tratamento de câncer, pretende ser uma referência na descoberta de novos tratamentos para a doença e busca lançar novas possibilidades de cura. A informação é da oncologista e presidente do hospital, Sílvia Brandalise, que afirmou ao G1 que o orçamento para a construção ficará em torno dos R$ 12 milhões. Para arrecadar a quantia, o centro já lançou campanhas de doações, além de promover eventos que vão destinar a verba para o início das obras.

"Nós vamos desenvolver toda a parte de pesquisa e testes de células, para realizar experiências que possam trazer novas soluções para a cura do câncer. Além disso, vamos pesquisar e testar também novas drogas que ainda não foram utilizadas na medicina", explica Sílvia. Além disso, a oncologista afirma que o instituto vai buscar realizar experiências e testes com novos equipamentos para aumentar o índice de cura de crianças e adultos. "A intenção é deixar o hospital apenas para o atendimento e fazer toda a parte de testes no instituto", disse.
Centro de pesquisa do Boldrini terá 4 mil metros quadrados (Foto: Divulgação) 
Centro de pesquisa do Boldrini terá 4 mil metros quadrados (Foto: Divulgação/Centro Boldrini)

A presidente do Boldrini ainda revelou que o centro de pesquisas fará experiências com camundongos para testar novas células. "Nós vamos importar camundongos imunodeficientes dos Estados Unidos para testar extratos de plantas que sejam eficientes na cura do câncer. Nessa área, só esse animal nos interessa".

Construção

A área que vai abrigar o Instituto de Pesquisas já está definida. Será em um terreno com área de 4 mil metros quadrados, ao lado do setor de radiologia do hospital. Segundo a presidente, até o momento, já foram feitos estudos de solo e da parte elétrica e o prazo para a conclusão da obra é de 18 meses, após o início da construção.

Apesar do inicio dos estudos, o novo instituto ainda não tem prazo para começar a ser construído. Antes disso, a instituíção precisa arrecadar mais fundos para viabilizar as obras e, para a Silvia Brandalise, ainda vai ser preciso no mínimo seis meses para começar as primeiras atividades de construção. "Dependemos de várias coisas. Dependemos de mais dinheiro e de terminar os estudos prévios. Estamos batalhando para isso". A presidente não quis revelar o quanto de verba o hospital já arrecadou para o centro.

De acordo com Sílvia, o Boldrini vai lançar uma campanha para empresas se candidatarem a ganhar a licitação para construir o instituto. O anúncio vai ser feito em jornais e qualquer empresa poderá participar do concurso.

Corrida

Uma das alternativas para o hospital arrecadar mais dinheiro para a construção do centro de pesquisas será a realização da corrida de rua Mais Vida Boldrini, que está na oitava edição e terá 100% da verba arrecada com as inscrições destinada para o novo instituto. A prova terá início às 8h com largada na praça Arautos da Paz, no Taquaral.  As doações para o centro podem ser feitas pela internet.
A presidente do Centro Boldrini, Silvia Brandalise (Foto: Reprodução / EPTV) 
A presidente do Centro Boldrini, Silvia Brandalise (Foto: Reprodução / EPTV)

Referência

O Boldrini desde 2009 é credenciado como Hospital de Ensino pelo Ministério da Saúde e acompanha atualmente cerca de 7 mil pacientes de diversas regiões brasileiras, sendo 80% atendidos pelo Sistema Único de Saúde (SUS).  Atualmente, os pesquisadores do laboratório trabalham em quatro linhas de pesquisa: tumores de leucemia, adrenal, osteosarcoma e retinoblastoma.

De acordo com a assessoria de imprensa do hospital, 30% dos sete mil pacientes são de fora do estado de São Paulo. A maioria de Minas Gerais. Além disso, o centro atende alguns pacientes da América Latina. Considerado centro de referência pela alta tecnologia em diagnóstico e pelo tratamento especializado, o Boldrini coordena o protocolo nacional para tratamento da Leucemia Linfóide Aguda da criança desde 1980 (GBTLI LLA), que aumentou em 50% as chances de cura da doença.

Com a ampliação, será possível ter 20 frentes de pesquisa, segundo a instituição. "A pesquisa é muito ampla,. Nós não vamos apenas fazer experiências com novos remédios, mas também vamos lutar pela manutenção dos que já existem. A biotecnologia no Brasil precisa aprender que não se descartam medicamentos. Todos são válidos porque a nossa busca é pela cura total", conclui a presidente do Boldrini.

Fonte: G1 Campinas e Região

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