terça-feira, 5 de abril de 2011

GREVE CONTINUA POR FALTA DE ACORDO

Servidores não ficaram satisfeitos com a posição da Prefeitura e greve segue
Americana - Não foi desta vez que a greve do funcionalismo público de Americana chegou ao fim. Em mesa de conciliação ontem em Campinas, intermediada pelo procurador do trabalho Aparício Querino Salomão, a comissão de negociação da Prefeitura manteve o discurso e não apresentou nova proposta de reajuste para a categoria. Reunidos em assembléia após a audiência, os servidores votaram por manter a paralisação, que chega hoje a duas semanas. Sem acordo, o procurador suspendeu o procedimento de mediação e poderá solicitar o julgamento da greve.
A Prefeitura concedeu 0,5% de reajuste para a categoria e mais 7% através de um programa de valorização, que atende apenas os funcionários que recebem salários de até R$ 2 mil, profissionais da Educação e enfermeiros do Programa Saúde da Família. A cesta básica também aumentou de R$ 210 para R$ 225. Os servidores reivindicam a reposição da inflação, o que garantiria um índice de 8% e cesta básica de R$ 250.
O presidente do sindicato, Aires Ribeiro, disse que mais uma vez a categoria procurou uma conciliação, através do pedido de intermediação da Procuradoria Regional do Trabalho. "Sabemos da cobrança da população pelos serviços e por isso buscamos um canal para chegar a um acordo para que voltássemos a trabalhar com tranqüilidade", avaliou Aires. "Infelizmente, os representantes da Prefeitura com uma certa arrogância não apresentaram proposta nenhuma e trataram do assunto como se estivesse encerrado".
A assessoria de imprensa da Prefeitura informou que, na audiência, foram apresentados os números sobre a impossibilidade de um reajuste maior para não ultrapassar o limite de despesa com pessoal estabelecido pela LRF (Lei de Responsabilidade Fiscal). A comissão sustentou que já foi concedido reajuste de salário.
DENÚNCIAS
Na audiência, o sindicato ainda denunciou ao procurador uma série de condutas para impedir o exercício do direito de greve, como a contratação de carros de som, distribuição de panfletos, publicação de anúncios, afixação de cartazes nos postos de saúde e arregimentação de comissionados para embates com os grevistas, além da afixação dos salários dos médicos nos postos de Saúde. Alguns servidores estiveram presentes para testemunhar os fatos e também foram apresentadas fotos, um cartaz feito pela Prefeitura e boletins de ocorrência.
Os representantes da Prefeitura negaram as acusações. Segundo a comissão, os salários dos médicos já podem ser consultados através do Portal da Transparência. O procurador disse que vai avaliar a documentação apresentada pelo sindicato.

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