quarta-feira, 23 de março de 2011

Grupo faz manifestação contra terceirização em Campinas

O Movimento Campinas contra a Privatização, grupo composto por representantes de sindicatos, partidos políticos e associações de bairro que se opõem à possibilidade de concessão de serviços públicos a OSs (Organizações Sociais), diversificou sua forma de atuação e na tarde de ontem fez um protesto em frente ao CS (Centro de Saúde) da Vila União.
Segundo a comissão criada para definir a forma de atuação do movimento, nos próximos dias o grupo vai decidir em que outras unidades do serviço de saúde municipal vai realizar manifestações semelhantes. O protesto de ontem reuniu aproximadamente 80 pessoas e contou ainda com o apoio de representantes de comunidades eclesiais de base da Igreja Católica.
“Esse tipo de atividade dá maior visibilidade ao movimento junto à população das diferentes regiões da cidade e amplia as adesões à nossa luta”, afirmou Ademar José de Oliveira, diretor do Sindicato dos Químicos Unificados e representante indicado pelos moradores da Vila União para compor o CMS (Conselho Municipal de Saúde).

CONTEXTO

O Movimento Campinas contra a Privatização surgiu depois que a prefeitura encaminhou à Câmara um projeto de lei que permitia a concessão de serviços públicos nas áreas de saúde, educação, cultura e esportes para a gestão de OSs. Apesar de o prefeito Hélio de Oliveira Santos (PDT) ter retirado o projeto de pauta e iniciado a elaboração de uma nova proposta, qualificada por ele como de gestão compartilhada, a mobilização não foi interrompida.
Durante o protesto de ontem os manifestantes carregavam faixas com frases como “Bloco dos que mais precisam: Eu mais preciso de médico, eu mais preciso de dentista, eu mais preciso de auxiliar de enfermagem”.
“Pela quantidade de pessoas que vivem em sua área de abrangência, esse centro de saúde deveria ter cerca de 90 profissionais e hoje apenas 31 atuam no local. Atualmente trabalham no CS da Vila União três médicos, quando o número adequado seria de 12”, destacou Oliveira.
A Secretaria de Saúde de Campinas admitiu o problema e informou que tentará encaminhar para o local alguns dos 33 médicos já concursados e que serão chamados a assumirem seus postos na próxima semana.

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