sexta-feira, 1 de outubro de 2010

GM ganha porte de arma fora do horário de serviço


Guardas de Campinas recebem permissão da Polícia Federal para porte fora do trabalho e em outros estados

Luciana Felix
Agência Anhangüera de Notícias

Um grupo de 150 guardas municipais de Campinas poderá usar armas de fogo particulares fora de serviço. O porte de uso próprio, autorizado pela Polícia Federal (PF), era esperado há mais de dois anos pela corporação. A GM só possuía o porte funcional — quando o guarda é autorizado a usar apenas a arma da corporação fora do horário de trabalho e proibido de deixar o município onde atua com ela sem justificativa. O novo porte não tem restrição de uso e vale até para outros estados. Ele, porém, é concedido somente para as armas do mesmo calibre usado pela GM: revólveres 32, 38 e pistola ponto 380. O agente também está autorizado a utilizar o armamento durante o horário de trabalho. Novos pedidos já foram feitos pela corporação, que hoje tem 620 agentes na cidade.

“Conseguimos o porte para os 150 e logo mais agentes da corporação receberão. Os GMs que adquirirem armas podem solicitar que faremos o pedido do porte”, disse o coordenador de comunicação da Secretaria de Cooperação nos Assuntos de Segurança Pública, Marco Aurélio Sotto. Segundo ele, os guardas também podem utilizar as armas particulares durante o período de trabalho. “Não vejo problema, muito pelo contrário”, afirmou.

A autorização é resultado de um processo iniciado em 2006 com um convênio firmado entre a Prefeitura de Campinas e a Superintendência do Departamento da PF. “Primeiro, conseguimos o porte funcional para todos. Agora, conseguimos os primeiros porte particulares”, disse Sotto, que lembrou que o Estatuto do Desarmamento, em vigor desde 2003, concede aos integrantes das GMs das capitais dos estados e dos municípios com mais de 500 mil habitantes o direito de portar armas de fogo de propriedade particular ou fornecida pela respectiva instituição.

O coordenador explicou que as exigências da PF para a concessão do porte é a existência de uma corregedoria da guarda, exames psicológicos de dois em dois anos nos agentes e 80 horas anuais de treinamento de tiro. O preparo de guardas municipais para a utilização de armas de fogo foi questionada há três meses, quando um GM matou um passageiro ao dar um tiro acidental dentro de um ônibus no Centro de Campinas. O agente lutava com um ladrão no coletivo

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