terça-feira, 10 de agosto de 2010

Sem acordo com a Gol, funcionários votarão sobre greve na sexta-feira

Em audiência de conciliação, empresa nega acusações de sindicatos

Lino Rodrigues

SÃO PAULO. Acabou sem acordo a audiência de conciliação convocada ontem pelo Ministério Público do Trabalho de São Paulo. O clima ficou quente durante a reunião, com a Gol negando todas as acusações feitas pelos sindicatos dos aeroviários e dos aeronautas. Fica mantida, assim, assembleia para a próxima sexta-feira (dia 13), quando os trabalhadores das duas categorias votarão a proposta de greve paralisando as atividades na empresa aérea por tempo indeterminado. Os funcionários da Gol reclamam do excesso de jornada, assédio moral, disparidade salarial e falta de plano de saúde.

— O indicativo de greve para o dia 13 não está contido — disse Carlos Camacho, diretor do Sindicato Nacional dos Aeronautas, referindo-se ao objetivo do encontro de conter o movimento de paralisação na empresa aérea.

Sem acordo, a procuradora regional do Trabalho, Laura Martins de Andrade, que conduziu a reunião, marcou novo encontro para o próximo dia 20, quando serão anexados documentos das partes e ouvidos depoimentos de funcionários. Esses depoimentos, observou a procuradora, serão tomados sob sigilo para evitar que o funcionário seja punido pela empresa.

— Chamei eles (sindicatos e empresa) porque houve notícias de greve. Não posso deixar que a greve aconteça antes de tentar uma conciliação — disse a procuradora.

Ela lembra, porém, que o não comprometimento da Gol em cumprir a convenção coletiva e a regulamentação da categoria, sob pena de multa de R$ 100 mil por dia, abre a possibilidade de greve a partir da próxima sexta-feira.

Apesar do grande número de denúncias feitas pelos próprios pilotos da Gol no site do Sindicato dos Aeronautas, o presidente da entidade, Gelson Fochesato, disse que não pretende pôr em votação na assembleia do próximo dia 13 indicativo de greve da categoria.

Segundo ele, que é piloto da Gol, a empresa se comprometeu a rever os procedimentos em relação à escala dos tripulantes dos voos (comissários, pilotos e co-pilotos). Nervoso, ele admitiu que não são só os pilotos da Gol que estão cansados, mas também os de outras companhias aéreas.

Sindicato dos aeroviários deve votar por paralisação Já a presidente do Sindicato Nacional dos Aeroviários, Selma Balbino, deixou a sala de reuniões do Ministério Público do Trabalho decepcionada com o resultado. Com cópias das denúncias enviadas aos órgão reguladores do setor, a sindicalista disse que há mais de três anos têm denunciado ao Ministério Público e à Agências Nacional de Aviação Civil (Anac) as empresas aéreas Gol, TAM e Ocean Air (hoje Avianca) por descumprimento da legislação trabalhista e da aviação comercial.

Selma classificou a postura dos representantes da Gol na reunião (de negar as irregularidades) de “truculenta”. Os aeroviários, segundo ela, vão votar, na próxima sexta-feira, indicativo de greve na empresa. Para ela, o encontro marcado para amanhã com a direção da Gol não deverá trazer o resultado esperado pelos trabalhadores, uma vez que tem sido prática da empresa ignorar as reivindicações dos funcionários: — Já tivemos várias reuniões desde 2007 sem nenhum resultado prático — disse Selma.Sindicato dos aeroviários deve votar por paralisação Já a presidente do Sindicato Nacional dos Aeroviários, Selma Balbino, deixou a sala de reuniões do Ministério Público do Trabalho decepcionada com o resultado. Com cópias das denúncias enviadas aos órgão reguladores do setor, a sindicalista disse que há mais de três anos têm denunciado ao Ministério Público e à Agências Nacional de Aviação Civil (Anac) as empresas aéreas Gol, TAM e Ocean Air (hoje Avianca) por descumprimento da legislação trabalhista e da aviação comercial.

Selma classificou a postura dos representantes da Gol na reunião (de negar as irregularidades) de “truculenta”. Os aeroviários, segundo ela, vão votar, na próxima sexta-feira, indicativo de greve na empresa. Para ela, o encontro marcado para amanhã com a direção da Gol não deverá trazer o resultado esperado pelos trabalhadores, uma vez que tem sido prática da empresa ignorar as reivindicações dos funcionários: — Já tivemos várias reuniões desde 2007 sem nenhum resultado prático — disse Selma.

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